Segundo pesquisa do Banco de Desenvolvimento da América Latina sobre educação financeira no Brasil, apenas 53% dos brasileiros conseguiriam cobrir suas próprias despesas por, no máximo, três meses caso parassem de trabalhar agora, e especialistas do mercado financeiro apontam a desinformação como principal causa para este cenário. Além disso, nos últimos 12 meses a taxa de famílias endividadas vem aumentando significativamente, encerrando o ano de 2021 em 74,5% – segundo dados da FecomercioSP – considerada um recorde para os especialistas
Por consequência, ainda segundo o Banco de Desenvolvimento da América Latina, 61% dos consumidores cortaram gastos ou evitaram realizar novas compras que estavam programadas ou não, prejudicando ainda mais setores do comércio e serviços. Um dos principais motivadores do cenário de endividamento é apontado por pesquisa do Centro Educacional CVM/OCDE em evento coordenado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que ouviu 1200 brasileiros em dezembro de 2020.
Na pesquisa alguns pontos se destacam, tais como: somente 33% da população economizou dinheiro ao longo de 12 meses, dentre as quais 72% optou por investir na poupança ou até mesmo guardando em casa e apenas 5% investiu em produtos financeiros. O que surpreende ainda mais nos resultados da pesquisa é que menos de 34% afirmam ter algum objetivo com os investimentos na poupança, seja de adquirir algum bem ou quitar dívidas.
Para Licelys Marques, sócia e assessora de investimentos na Praisce Capital, a educação financeira é essencial e apontada como um desafio necessário para os que desejam manter seu padrão de vida por mais de três meses sem preocupação. No entanto, o Brasil está muito atrasado em relação ao conhecimento sobre finanças, é o que afirma a S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey (Pesquisa Global de Educação Financeira da divisão de ratings e pesquisas da Standard & Poor’s) através de pesquisa realizada em 2019 com 150 mil adultos de 140 países, que investigou o conhecimento da população em relação ao entendimento sobre questões financeiras, tais como: juros, inflação e riscos; em que apenas 35% dos brasileiros souberam responder às questões. O resultado colocou o Brasil na 74.ª posição do ranking de educação financeira mundial, atrás de países mais subdesenvolvidos como: Madagascar, Togo e Zimbábue.
Para a profissional de finanças, Licelys, o acompanhamento de um especialista é a forma mais viável para atingir a independência financeira de maneira segura, afirmando que ‘A maioria das pessoas não sabe quanto precisa poupar mensalmente ou em quanto tempo irão atingir seus objetivos’. Outra maneira para solucionar esta problemática apontada pela assessora, são as ferramentas de organização financeira disponíveis em boas instituições financeiras, que podem auxiliar no planejamento financeiro das famílias.
Para saber mais, basta acessar o Guia de Planejamento Simplificado (GPS) da Praisce Capital.