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São CarlosEconomiaBalança comercial de São Carlos tem pior resultado desde 2011

Balança comercial de São Carlos tem pior resultado desde 2011

Na pauta de exportação, houve declínio dos motores de veículos e ascensão das vendas de lápis; município importou maquinário industrial pesado

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Faber Castell tem fábrica em São Carlos (Foto: Divulgação)

O comércio externo de São Carlos teve o pior resultado para o primeiro trimestre desde o começo da série histórica, em 2011. O município teve US$ 27,36 milhões de déficit no saldo comercial.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia mostram, ainda, um arrefecimento das trocas comerciais desde 2020. A baixa nas movimentações é impactada pela redução nas exportações. O primeiro trimestre foi o pior em vendas ao mercado externo.

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Em números absolutos, São Carlos vendeu US$ 99,4 milhões nos três primeiros meses deste ano, US$ 19 milhões a menos do que em 2021.

O panorama das exportações de São Carlos ainda revela uma perda no protagonismo dos motores de veículos na pauta. Antes responsáveis por 36% de tudo o que era remetido ao exterior, não passou dos 6,9% nos três primeiros meses deste ano. Frente março do ano passado, as vendas ficaram US$ 47 milhões menores e somaram US$ 6,9 milhões nos três meses. O mercado é representado pela alemã Volkswagen, que mantém uma planta de fabricação na cidade.

Enquanto isso, outros setores têm vivido mar favorável, como no caso a também alemã Faber-Castell. As vendas de lápis, minas e pastéis tiveram acréscimo de 30,7% frente 2021, com quase US$ 32 milhões exportados. São US$ 7,5 milhões a mais.

Houve também expansão no mercado para bombas e compressores, com crescimento de 92% no trimestre. São US$ 21,2 milhões em vendas, US$ 10 milhões a mais nas contas do município. Os maiores clientes de São Carlos são os Estados Unidos, com 38% do total exportado, Argentina, com 9,6%, e Chile, com 8,7%.

Nas importações, o resultado global de US$ 127 milhões no período, mostra aumento de US$ 15,4 milhões sobre as compras do mesmo período do ano passado.

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As compras foram lideradas por maquinário industrial, que somaram US$ 17,5 milhões no trimestre e representou 14% do bolo. São 20.615% a mais sobre 2021. Na segunda colocação estão os veios de transmissão US$ 15,3 milhões, e US$ 12 milhões em partes de motores, duas mercadorias ligadas à produção de motores.

Entre os países que mais vendem mercadorias para São Carlos estão a China, com 24% do total, Estados Unidos, 20%, e Itália, com 8%.

Trocas gerais
Produto da soma das importações e exportações, a corrente comercial mostra o volume geral das negociações externas da cidade. São Carlos transacionou US$ 226,17 milhões, cifra 1,6% menor do que no primeiro trimestre de 2021.

Os maiores parceiros comerciais são Estados Unidos (28%), China (14%), Itália (9%) e Alemanha (5,6%).

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.

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