A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que manterá a bandeira verde acionada em julho para todos os consumidores do País. Com a decisão, revelada na noite de sexta (24), as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês.
A agência justificou “condições favoráveis de geração de energia elétrica” para a manutenção da bandeira verde. Os dados atuais da agência reguladora indicam que há maior probabilidade de manter o patamar ao longo de 2022.
A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril. De setembro de 2021 a 15 de abril, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica.
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O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no país aos consumidores e atenuar os reajustes das tarifas e o impacto nos orçamentos das distribuidoras de energia.
Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldade para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.
A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios.
“A Aneel estima que, desde que as bandeiras foram criadas, elas geraram uma economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o País, porque evitam a incidência de juros sobre os custos de geração nos momentos menos favoráveis”, informou a agência em nota.
Reajuste
Na última terça-feira (21), a agência reguladora aprovou reajustes para o sistema de bandeiras tarifárias. Os valores atualizados passam a valer a partir de julho, mas a agência ressalta que os consumidores não terão um impacto imediato, já que está em vigor a bandeira verde.
O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 kWh consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.
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