Com 376 vagas criadas em abril, o mercado de trabalho de São Carlos foi beneficiado pelo novo aquecimento no setor de serviços. É o que mostra o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado nesta segunda-feira (6).
Em 2022 foram criados 1.695 postos na cidade. O mercado de trabalho de São Carlos mostrou mais aquecimento do que em abril de 2021, quando 65 vagas foram criadas.
O setor de serviços foi o que mais teve expansão nas vagas na cidade, com 359 postos. Atividades administrativas, em especial, serviços terceirizados, criaram 87 postos. A publicidade foi outro polo gerador de empregos, com 65 vagas criadas. A educação somou 48 postos em abril.
A construção civil ficou na segunda colocação dentre os setores que mais geraram vagas, com 60 postos criados em abril, com foco na construção de rodovias e ferrovias, com 49 vagas, e 10 provenientes de atividades de urbanização.
O comércio teve 44 vagas criadas, com pujança no comércio varejista. Dentro do setor, houve fechamento líquido de vagas na categoria de comércio e reparação de veículos. A agropecuária seguiu a maioria e criou 12 empregos com carteira assinada, maior parte ligados à pecuária.
Desemprego na indústria
A ameaça do desemprego rondou indústrias em São Carlos no mês de abril. O setor teve fechamento de 99 postos no período. Os desligamentos ocorreram na indústria da transformação, mas de forma dispersa em diferentes atividades dentro do ramo. Dos que puxaram os números para o vermelho estão atividades como fabricação de canetas e lápis (-49 postos), fabricação de instrumentos e materiais médicos e odontológicos (-37) e fabricação de eletrodomésticos (-25).
A queda na indústria poderia ter sido maior, mas foi contrabalanceada por contratações líquidas em plantas de fabricação de alimentícios (+55 postos criados).
Criação de vagas em 2022
O Caged mostra que São Carlos criou 1.695 postos de trabalho nos quatro primeiros meses deste ano. A maior parte do saldo é creditada ao setor de serviços, que gerou 1.323 postos no período, com bons desempenhos em terceirização de mão de obra (+226 postos), publicidade (+132), escritórios (+104) e arquitetura e engenharia (+88).
Segunda maior empregadora da cidade, a indústria teve extinção de vagas neste ano, com 89 postos fechados, com retração nas atividades de transformação (-135), com resultado azul na coleta e tratamento de resíduos sólidos (+46).
A construção civil (+297 postos) ocupou papel de destaque, com contratações em atividades de construção de rodovias e ferrovias (+179).
O comércio também teve expansão, com 146 vagas com carteira assinada criadas no quadrimestre. A agropecuária teve desempenho mais tímido, mas positivo, com 18 empregos líquidos abertos.