- Publicidade -
EconomiaCenso pode ser feito ainda neste ano se houver dinheiro, diz novo presidente do IBGE

Censo pode ser feito ainda neste ano se houver dinheiro, diz novo presidente do IBGE

Inicialmente o IBGE solicitou R$ 2,3 bilhões para o Censo, valor que foi reduzido na proposta de Orçamento de 2021 para R$ 2 bilhões; Congresso reduziu orçamento para R$ 70 milhões

- Publicidade -

IBGE pode realizar Censo neste ano (Foto: Divulgação/IBGE)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O novo presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Rios Neto, afirmou que o instituto está tecnicamente preparado para começar o Censo Demográfico ainda neste ano, desde que seja feita a recomposição integral do orçamento de R$ 2 bilhões para a iniciativa e que as condições sanitárias não se deteriorem, com o que ele chamou de uma terceira onda da pandemia.

- Publicidade -

Em sua primeira entrevista coletiva após assumir o cargo, Neto afirmou nesta sexta-feira (30) que não será mais possível iniciar os trabalhos para o Censo em 1º de agosto, como previsto no projeto técnico. Mas seria viável começar a coleta de dados em setembro ou outubro, caso haja uma definição do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a questão no início de maio.

Nesta semana, o ministro do STF Marco Aurélio mandou o governo federal realizar o Censo do IBGE em 2021. O Executivo havia cancelado o levantamento por causa do corte no orçamento do projeto. Agora, a questão será analisada pelos demais ministros do Supremo.

Inicialmente o IBGE solicitou R$ 2,3 bilhões para o Censo, valor que foi reduzido na proposta de Orçamento de 2021 para R$ 2 bilhões. O Congresso cortou o valor para cerca de R$ 70 milhões. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reduziu a verba para cerca de R$ 50 milhões.

Citando o ditado de que “vale mais um pássaro não mão do que dois voando”, o novo presidente do IBGE afirmou que seria oportuno fazer o Censo ainda neste ano caso o instituto tenha nas mãos os recursos, já que não há garantias de que haverá dinheiro no ano seguinte.

Caso o Censo fique para 2022, os trabalhos poderiam ser iniciados no primeiro semestre do próximo ano. Embora o período eleitoral limite contratações de alguns serviços, ele diz que as eleições não impedem a realização dos trabalhos no segundo semestre.

- Publicidade -

Segundo Neto, o projeto técnico do Censo está pronto, já contempla as restrições impostas pela pandemia e incorpora protocolos sanitários e experiências recomendados pelas Nações Unidas, com exemplos do que foi feito em outros países, como México e Estados Unidos.

Sobre o valor de R$ 2 bilhões, ele afirmou que esse é o mínimo necessário para realizar o trabalho.

“Não dá para pensar que vai ter um Censo meia boca. Esse é um orçamento no limite. Ou bem a gente recompõe a integralidade desse orçamento e avalia as questões técnicas e a factibilidade, tendo em vista o cenário epidemiológico, ou vai para 2022”, afirmou.

Ele disse que os temores em relação à pandemia e o corte no orçamento do Censo deixaram os servidores desanimados com a possibilidade de fazer a coleta neste ano.

Em nota, após a decisão do STF, o sindicato dos servidores do IBGE criticou a decisão de Marco Aurélio. “Determinar a realização do Censo em 2021 é um erro, pois não é mais possível recuperar o que já foi perdido este ano. A pesquisa censitária é uma operação complexa, que não comporta improvisos, sob risco de comprometer a qualidade dos resultados”, afirmou a entidade.

Em março, após a decisão do Congresso de cortar a maior parte dos recursos destinados à pesquisa nacional, a então presidente do instituto, Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo.

Sobre os prejuízos com o adiamento da pesquisa, o presidente do IBGE disse que, entre os principais, estão a falta de atualização nos dados para distribuição de recursos aos municípios e para realização das demais pesquisas do próprio instituto.

A Frente Nacional dos Prefeitos afirmou que a não realização do Censo custará muito caro ao país e que, sem informações fidedignas e atualizadas, a efetividade das políticas públicas ficará comprometida.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -