São Carlos tem 235 empresas de tecnologia e startups, mostra o mais recente levantamento Sanca Hub divulgado nesta semana. Os números locais colocam o município em patamar mais avançado até que os de Israel, conhecido como a nação startup.
Berço de duas universidades de importância nacional, além de centros de pesquisas públicos e privados, o município tem uma das maiores concentrações de empresas de tecnologia no país.
VEJA TAMBÉM
Santander vence disputa e segue na gestão da folha de pagamentos da Prefeitura de São Carlos
Concessionária de rodovias realiza “feirão de empregos” na região de São Carlos
São Carlos é tido, por empresários ouvidos pelo report da Liga do Empreendedorismo de São Carlos como um local de mão de obra qualificada e com ecossistema de startup cooperativo já estabelecido.
Do levantamento, as empresas de automação lideram, seguidas das de inteligência artificial e big data. Internet das coisas, cibersegurança e biotecnologia segue como as tecnologias mais utilizadas no ecossistema local.
A pesquisa também mostrou patamares elevados de faturamento anual das startups relacionadas no Sanca Hub. Quase 30 empresas faturam acima de R$ 1 milhão anuais, das quais seis recebem mais de R$ 16 milhões.
As empresas de tecnologia mantêm parcerias ou vínculos com universidades (23,3%), hubs de inovação (18,3%) e eventos de empreendedorismo (15,3%).
O perfil dos fundadores é majoritariamente de nível superior, com MBA/especialização, mestrado, doutorado ou pós-doutorado. A presença das universidades locais na formação é evidente: 35,6% são formados na USP, 32,9% na UFSCar, 7,4% na Unicep e 6,7% no IFSP. Os são-carlenses aparecem em peso, com 1 a cada três empreendedor tecnológico.
Do universo pesquisado, mostra-se que parcela significativa dos founder tem entre 31 e 40 anos. A presença feminina, no entanto, é minoritária: 2 em 10 são mulheres cis ou trans.
DIFICULDADES ENFRENTADAS
O Sanca Hub joga luz sobre as dificuldades enfrentadas pelos dirigentes das empresas do ramo da tecnologia na cidade. Pesada maioria citou o périplo em encontrar profissionais qualificados, mesmo São Carlos sendo um polo formador. Houve espaço para reclamações da legislação e carga tributária, burocracia, acesso a investidores ou a financiamento público e certificados de agências regulatórias.
O report aponta que, em primeiro momento, questões jurídicas e legais de abertura da empresa são empecilhos. Emissão de notas fiscais e o site da Prefeitura de São Carlos são apontados como entraves.
LEIA MAIS
Simulador de Escravidão: jogo eletrônico que reforça racismo sai do ar