Por 1,236 bilhão, a empresa EcoRodovias arrematou a Rodovia Washington Luís (SP-310) e o lote Noroeste das rodovias paulistas. O leilão foi realizado na Bolsa B3, na capital paulista. O evento teve a participação do governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Três empresas participaram do leilão. A outorga mínima exigida pelo Estado era de R$ 7,6 milhões. A CCR S/A, segunda colocada, ofereceu R$ 753,8 milhões pelo lote Noroeste, valor 8,906% acima do mínimo exigido. A última colocação foi da Infraestrutura Brasil Holding XXI, que se dispôs a pagar R$ 321,3 milhões pelo lote, ágio de 4.122,89% sobre o mínimo.
A EcoRodovias é responsável pelo Sistema Anchieta/Imigrantes, Rodovia Ayrton Senna, além da Ponte Rio-Niterói, de rodovias importantes na Região Centro Oeste e no Espírito Santo.
O edital do projeto de concessão prevê investir R$10 bilhões exclusivamente na realização de obras e R$ 3,9 bilhões em operação, que serão gerenciados pela Artesp.
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Além da Washington Luís, a nova concessão abrange 600 km de trechos das rodovias SP-333, SP-326, SP-351 e SP-323, vias que abrangem municípios importantes do Estado, como São Carlos, Araraquara, São José do Rio Preto, Catanduva e Barretos.
Na região central, o processo de licitação da nova concessão foi permeado de polêmicas, com a possibilidade de instalação de uma nova praça de pedágio entre São Carlos e Araraquara. O governo paulista desistiu do plano após forte resistência da população e do meio político, que realizou manifestação e fez pressão durante audiências públicas.
O governo do Estado mantém aberta a possibilidade de mudar a forma cobrança. Em um primeiro momento e de forma paulatina, as praças de pedágio serão substituídas por totens de cobrança automática, chamado de Sistema de Pagamento Livre. A posteriori, edital de concessão abre brecha para o recebimento por quilômetro rodado. A Artesp nega e fala em “possibilidade consignada”.
Promessas de melhorias
Autoridades estaduais falam em investimento bilionário com a nova concessão, da ordem de R$ 10 bilhões em investimentos e R$ 3,9 bilhões em operação. Estão previstos 122 quilômetros de duplicações, 95 quilômetros em terceiras faixas, pontos de parada e de descanso, além de bases de serviços.
Já entre as obras para garantir maior segurança e fluidez do tráfego, está a implantação de 43 quilômetros de marginais, segregando o trânsito urbano do rodoviário na região. Serão viabilizados também 75 quilômetros de ciclovias e três novas balanças fixas. Dispositivos de segurança, como passarelas e melhorias na sinalização também estão previstos.
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