A Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc) e o Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomércio) pediram à Prefeitura, nesta quarta-feira (31), a permissão para que lojas voltem a praticar vendas pela modalidade drive-thru.
A solicitação acontece logo após permissão judicial que anuiu a bares, restaurantes e lanchonetes da cidade o atendimento drive-thru, a pedido do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores). A decisão da juíza Gabriela Muller Carioba Attanasio, da Vara da Fazenda Pública de São Carlos foi tornada pública na terça-feira (30).
O presidente do Sincomércio São Carlos, Paulo Roberto Gullo, destacou que o sistema de vendas drive-thru tem sido um recurso importante neste momento de restrições, para a manutenção das empresas e dos empregos.
“Não só para bares e restaurantes, mas para o comércio varejista em geral as vendas por drive-thru têm conseguido manter a movimentação econômica. Neste período no qual as lojas estão fechadas, estima-se que esse sistema tem representado cerca de 12% das vendas e tem se mostrado uma forma segura de atendimento. Proibir essa modalidade é piorar a situação que já é de extrema dificuldade para grande parte das empresas, que precisam garantir o pagamento dos salários e sobreviver”.
Gullo lembrou, ainda, que logo após o anúncio da intenção da Prefeitura em proibir o drive-thru e antes da publicação do decreto, o Sincomércio São Carlos enviou ofício apresentando a gravidade da situação e pedindo a manutenção do sistema para o comércio em geral. Porém, na ocasião, a entidade não foi atendida.
“Temos que considerar a saúde e a vida, mas também temos que garantir a renda dos trabalhadores e a preservação das empresas. É isso que estamos tentando fazer e aguardamos a decisão da Prefeitura”, concluiu.
O decreto 156, de 26 de março de 2021, impôs mais restrições ao atendimento comercial de São Carlos. Entre as medidas tomadas pela Prefeitura estava a proibição das vendas por drive-thru no município. Na ocasião, o argumento usado pela administração era que a restrição a essa modalidade de atendimento colaborava com a queda de movimentação de pessoas na cidade.
Procurada, a Prefeitura de São Carlos não comentou a solicitação das entidades.