O comércio das regiões de São Carlos e Araraquara pode ter perdas de R$ 581,8 milhões em 2024 por causa dos feriados nacionais, informou o Sincomércio São Carlos nesta quinta-feira (25).
A estimativa, feita pelo Fecomércio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), mostra recuo de 3,7% na comparação com os feriados de 2023, quando a estimativa fora de R$ 603,9 milhões no faturamento.
A redução no impacto dos feriados nas atividades comerciais se deve, sobretudo, à redução no número de folgas que caem em dias que seriam úteis. Neste ano, quatro datas serão em finais de semana. Os feriados prolongados também ficarão menos frequentes em 2024.
As maiores perdas serão registradas no setor supermercadista, cuja redução no faturamento está estimada em R$ 271 milhões. A cifra representa queda de 5,6% nos números de 2023, quando a redução no faturamento foi calculada em R$ 287,1 milhões.
O segundo setor com mais perdas projetadas é o de farmácias e perfumarias, com R$ 77,1 milhões, crescimento de 0,6% ante 2023.
As lojas de vestuário, calçados e tecidos estão na terceira colocação, com quebra nas vendas de R$ 57,8 milhões, aumento de 14,4% ante o total de 2023. No ano passado, R$ 50,5 milhões deixaram de ser faturados devido aos feriados, segundo o Sincomércio/Fecomércio.
A federação comercial também estimou as perdas nas lojas de móveis e decoração, cujas perdas podem cair pela metade em 2024, a R$ 2,4 milhões.
As outras atividades – grupo de setores com menor expressão, mas predominado pela venda de combustíveis – devem ter perdas de R$ 185,2 milhões neste ano, redução projetada de 6,3% ante 2023.
Comércio perde, turismo ganha
Apesar de o comércio local perder, o turismo frequentemente é beneficiado pelos feriados, em decorrência das viagens feitas nas datas.
Outros setores, como bares, restaurantes e transporte ganham fôlego nos feriados. O estudo da Fecomércio SP não estima a transferência de renda causada pelos feriados.
Eletros e veículos são pouco afetados
A pesquisa informa, ainda, que a comercialização de bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos, não é afetada pelos feriados, uma vez que esse tipo de compra é feito de forma programada. Se o consumidor não compra no feriado, vai adquirir em outra data.
“O estudo analisou apenas os segmentos mais sensíveis à compra por impulso, por serem os que sofrem pelo consumidor não passar em uma loja naquele dia após o almoço, ou no fim do expediente, para comprar algum produto”, afirma o sindicato.
Como precaução, os comerciantes devem trabalhar o calendário de vendas a evitarem perdas decorrentes aos feriados. Descontos mais agressivos nos dias que antecedem os feriados ou parcerias que dão benefícios a serviços como cinema e parques podem ser alternativas, afirma o Sincomércio.
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