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EconomiaConsumo de GNV cai em São Carlos e oficinas sentem redução nas conversões

Consumo de GNV cai em São Carlos e oficinas sentem redução nas conversões

Mudança na política de preços do combustível fez o custo aumentar e assustou consumidores, mas gás continua mais vantajoso, segundo mecânico

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Os cilindros de GNV são acomodados no porta-malas do veículo e roubam um pouco o espaço. Foto: Divulgação / Fiat

A venda de gás natural veicular (GNV) em São Carlos (SP) teve uma queda de 22,4%, entre 2019 e 2020, segundo a GasBrasiliano. O combustível, que era o “queridinho” há dois anos pela economia que proporcionava, teve redução na procura, inclusive impactando nos trabalhos de oficinas certificadas para realizarem a conversão.

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O mecânico Rafael Gambim viu a procura de interessados em converter automóveis para GNV cair desde 2018. Há dois anos, havia fila de espera de 40 dias e de 16 a 20 conversões realizadas por mês. Atualmente, são duas por mês.

“Atualmente, pela atmosfera que foi criada pelo preço, pela vistoria, tudo mais, só quem anda bastante (se interessa). Somente Uber, entregador, esse tipo de profissional vem procurar o serviço”, relata.

O consumo de GNV em São Carlos tem caído constantemente nos últimos dois anos, um reflexo da política de preços implantada pelo governo federal em que o mercado interno acompanha a cotação internacional. Em 2018, segundo a concessionária que distribui o combustível, o consumo era de GNV: 1.814.582 metros cúbicos. Em 2020, ano com forte impacto por conta da pandemia de Covid-19, a procura foi de 1.115.996 metros cúbicos. A redução chega a 38,5% entre as duas datas.

“A própria pandemia diminuiu a mobilidade, mas também a competitividade perante o etanol, que é o principal substituto na nossa região. Mesmo o gás estando mais competitivo do que o etanol, o combustível vegetal ficou muito próximo em termos de preço”, conclui o diretor técnico comercial da companhia de gás, Paulo Lucena.

Para o mecânico Gambim, ainda falta maior conhecimento aos consumidores sobre as vantagens de se ter um veículo movido a GNV. A economia por quilômetro rodado pode chegar a 60% na comparação com o etanol e a 30% em relação à gasolina. Em um dos postos de combustíveis que oferecem GNV aos clientes o gás custa R$ 3,34/m³, enquanto que o etanol sai a R$ 3,19/litro. O que pesa é o custo da conversão, que fica em torno de R$ 4.500, dependendo do modelo de veículo.

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“O GNV pareia o preço com o do álcool, mas praticamente dobra o rendimento. Quanto mais andar, mais diferença dá. Isso varia de carro para carro”, resume.

Uma preocupação que era constante no passado, a manutenção de carros GNV tornou-se mais simples, se comparado a gerações anteriores de kits. O que se pede ao cliente é atenção redobrada nas visitas ao mecânico.

“Os veículos operam com filtros de combustível e de ar e o que agrega é o filtro de gás, que reduz a emissão de óleo para dentro do motor. A troca acontece a cada 30 mil quilômetros. A única coisa que aumenta é isso aí. Como o kit é feito em cima da injeção eletrônica do carro, pedimos que os clientes façam a manutenção com maior rigor”, comenta.

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