O Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros (INC) teve queda de 1,15% em julho, na comparação com o mesmo período de 2020, informou nesta quinta-feira, 9, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano, de janeiro a julho, houve alta de 3,24% ante o mesmo período de 2020.
Na comparação de julho de 2021 com o mês anterior, há alta de 4,84%.
No que diz respeito a preços, a alta da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de largo consumo) foi de 0,96% em julho, ante um aumento de 0,12% no mesmo mês de 2020.
No acumulado do ano, a alta de preços é de 5,29%.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, disse que o aumento de preços é uma questão mundial e não só brasileira. No entanto, ele chama a atenção para o fato de que o aumento de preço de alguns produtos, como o arroz, começam a ser estudados pela associação.
Um estudo desenvolvido pela FIA mostrou que a produção desse alimento é voltada para o mercado interno no Brasil.
“Em 2017, tomou-se a decisão de não se ter mais os estoques reguladores”, lembra Milan.
Ele afirma que sem essa possibilidade de regulação por parte do governo, preços ficam mais voláteis.
Milan disse ainda que se observa um aumento de marcas de produtos nos supermercados, o que aumenta a variedade preços e possibilita melhores negociações para os supermercados.
Projeções
O vice-presidente da Abras afirmou que a previsão de 4,5% de crescimento do setor em 2021 está mantida. Ele destacou que estão contabilizadas nessa previsão de alta anual para o setor uma recuperação econômica do País, avanço de reformas econômicas por parte do governo, bem como o apelo promocional do segundo semestre do ano.
Milan lembrou ainda que as empresas do setor têm mais inaugurações e investimentos que podem dar resultado nesta segunda metade de 2021.
Caso essas alavancas não se mostrem reais, o vice-presidente diz que a previsão de crescimento pode ser revista.