O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), inicia, nesta terça-feira (14), a quarta reunião do ano para definir a nova taxa básica de juros da economia, a chamada taxa Selic.
A decisão será divulgada somente na quarta-feira (15), porém, o último boletim Focus, elaborado por analistas do mercado financeiro, espera que a taxa aumente, ao menos, 0,5 ponto percentual.
Assim, a taxa Selic, que atualmente se encontra em 12,75%, passaria para 13,25% e se manteria neste patamar até o final do ano, segundo a estimativa dos analistas.
Na última ata do Copom, foi sinalizado que o ciclo de aumentos da taxa deveria ser interrompido, pois os efeitos das altas anteriores ainda estavam repercutindo na dinâmica de consumo.
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Porém, como a guerra travada entre Rússia e Ucrânia fez com que o preço de diversos produtos disparasse no Brasil, como os combustíveis, fertilizantes e alguns alimentos, a taxa Selic teve de ser reajustada para cima para conter o avanço da inflação.
Além disso, o preço de mercadorias e matérias-primas importadas também tiveram um aumento significativo, devido ao avanço da inflação nos Estados Unidos, que enfrenta a maior alta dos últimos 40 anos. Esse salto tem elevado a cotação do dólar que, por consequência, aumenta o preço dos produtos internacionais.
Com tantos acontecimentos no cenário externo, o mercado brasileiro sentiu os efeitos a partir do avanço da inflação. Na última edição do boletim Focus, a previsão da inflação, medida oficialmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 8,89% para 9% neste ano.
O que é taxa Selic?
A chamada taxa básica de juros funciona como uma régua que pauta todas as negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e que, portanto, regula as demais taxas econômicas.
Dessa forma, a Selic é o principal meio para regular a inflação, pois quando o Copom aumenta a taxa, consequentemente encarece o crédito e os juros que recaem sobre financiamentos e outros empréstimos, desestimulando o consumo.
Já quando a taxa é reduzida, o crédito e os juros tendem a ficar mais baratos e o consumo é estimulado em detrimento da poupança, fazendo com que a inflação avance a longo prazo.
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