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EconomiaDesemprego recua para 14,1%, mas ainda atinge 14,4 milhões

Desemprego recua para 14,1%, mas ainda atinge 14,4 milhões

A chegada da pandemia, em 2020, atingiu em cheio o mercado de trabalho; com as restrições e a paralisação de empresas, houve destruição de vagas

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Comércio de São Carlos (SP) no primeiro dia da fase de transição. Foto: CBN
Comércio de São Carlos (SP) no primeiro dia da fase de transição. Foto: CBN

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego do país recuou para 14,1% no segundo trimestre deste ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (31). 

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Com o novo resultado, o número de desempregados foi estimado em 14,4 milhões. Pelas estatísticas oficiais, um trabalhador é considerado desocupado quando não está atuando e segue em busca de novas oportunidades, com ou sem carteira assinada. 

No primeiro trimestre deste ano, o indicador era de 14,7%, com 14,8 milhões de desempregados. 

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O resultado do segundo trimestre ficou abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam taxa de 14,4% entre abril e junho. 

A taxa, contudo, segue acima da registrada no segundo trimestre de 2020 (13,3%). 

A chegada da pandemia, em 2020, atingiu em cheio o mercado de trabalho. Com as restrições e a paralisação de empresas, houve destruição de vagas em diferentes setores, e mais brasileiros foram forçados a procurar emprego. 

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Na visão de analistas, a melhora consistente do mercado de trabalho dependerá em grande parte do desempenho do setor de serviços. O segmento, principal empregador do país, sofreu com as restrições na crise porque reúne atividades que dependem da circulação de consumidores. 

Bares, restaurantes, hotéis e eventos são exemplos de serviços prejudicados pelo coronavírus. O setor, agora, tem expectativa mais positiva devido às menores restrições e ao processo de vacinação contra a Covid-19. 

Economistas, entretanto, acreditam que o desemprego só deve retornar ao nível pré-pandemia em 2023, mostrou reportagem da Folha de S.Paulo. 

A divulgação anterior da Pnad Contínua ocorreu no final de julho. À época, o ministro Paulo Guedes (Economia) questionou a metodologia da pesquisa e chegou a dizer que o IBGE estava na “idade da pedra lascada”. 

Para o ministro, o levantamento estaria atrasado, usando entrevistas por telefone para calcular a taxa de desemprego. Na ocasião, Guedes mencionou que os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, mostram que o Brasil está criando empregos “muito rapidamente”. 

O IBGE começou a adotar consultas telefônicas devido à pandemia. O instituto vem retomando gradualmente as atividades presenciais. 

A afirmação de Guedes foi rebatida por analistas. À época, eles destacaram que a base da pesquisa do IBGE é diferente da contemplada pelo Caged. Enquanto a Pnad Contínua analisa tanto o universo de trabalhadores formais quanto o de informais, o cadastro do Ministério da Economia é centrado nas vagas com carteira assinada. 

Taxa de desemprego:
1º tri/20: 12,2%
2º tri/20: 13,3%
3º tri/20: 14,6%
4º tri/20: 13,9%
1º tri/21: 14,7%
2º tri/21: 14,1%

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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