A criação da “minimetrópole” de São Carlos e Araraquara dá novo passo nesta sexta-feira (15). O governo do Estado realiza em Araraquara audiência pública para a criação do Aglomerado Urbano Central. São Carlos sediou as discussões iniciais do conjunto urbano no começo de julho. A nova unidade regional vai congregar 26 cidades com mais de 1 milhão de habitantes.
A reunião será realizada no Centro Internacional de Convenção Doutor Nelson Barbieri”, localizada no Cear. Estão previstas as presenças de prefeitos da região e do secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
Além de São Carlos e Araraquara, formarão a nova unidade regional os municípios de Américo Brasiliense, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Descalvado, Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Itápolis, Itirapina, Matão, Motuca, Nova Europa, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Rincão, Santa Ernestina, Santa Lúcia, Tabatinga, Taquaritinga e Trabiju.
De acordo com o governo do Estado, o objetivo do Projeto de Desenvolvimento Regional é constituir uma nova divisão regional administrativa, reorganizando os municípios em regiões, “que já estão conectados, sem separação e com muita interação”.
Perfis variados
A lista de municípios que farão parte da Aglomeração Urbana Central é extensa, com São Carlos como o maior polo habitacional, com 254 mil habitantes na estimativa do IBGE para 2020. Araraquara, a segunda mais populosa, tem 238 mil moradores. Por outro lado, o menor município é Trabiju, com 1.738 pessoas.
A proposta da nova região nasce com economia diversificada, com municípios com perfis mais tecnológicos, como São Carlos, e outros voltados para o agronegócio. São Carlos, por exemplo, tem 58,4% de seu Produto Interno Bruto (PIB) vindo do setor de serviços e outros 27,3% das indústrias. Já em Araraquara, segunda cidade mais populosa, tem perfil diferente, com 70,1% vindos do setor de serviços e 18% da indústria. Os dados são da Fundação Seade.
Em municípios menores, a presença do agro é maior na produção de riqueza local, como Trabiju, a menor cidade, com 19,7% vindos da agropecuária.