As exportações da região de São Carlos registraram US$ 230,4 milhões nos primeiros quatro meses de 2022, uma queda de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2021. As importações somaram US$ 198,4 milhões, com crescimento de 0,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
Os dados são de levantamento do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Os principais itens exportados foram açúcares e produtos de confeitaria (29,3 %), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (28,8%) e obras diversas (15,1%). Por outro lado, as importações da microrregião concentraram-se em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (42,3 %), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,1%) e obras de ferro fundido (6,7%).
No período analisado, os principais destinos das exportações da região de São Carlos foram Estados Unidos (19,6%), Argentina (7,9%) e Chile (6,6%). Por sua vez, as importações da regional tiveram como principais origens China (19,7%), Estados Unidos (19,2%) e Itália (11,8%).
O levantamento mostra que as indústrias da cidade e região têm vocação exportadora. “O maior volume de exportação é o de produtos agrícolas, seguindo uma vocação natural do Brasil. Porém entre os 10 mais exportados, temos Máquinas mecânicas, Instrumentos ópticos, Máquinas elétricas e Aeronaves, o que mostra o potencial da região para exportar produtos com tecnologia e maior valor agregado”, destaca Marcos Henrique dos Santos, diretor titular do CIESP São Carlos.
A Regional São Carlos do CIESP compreende também Ibaté, Ribeirão Bonito, Dourado, Trabiju, Boa Esperança do Sul, Descalvado, Analândia, Porto Ferreira, Pirassununga, Santa Cruz da Conceição e Santa Rita do Passa Quatro.
Resultado estadual
No primeiro quadrimestre de 2022, as exportações totais do estado de São Paulo foram de US$ 22,39 bilhões, representando crescimento de 35,6% em relação aos US$ 16,52 bilhões registrados em igual período de 2021.
Na mesma base de comparação, as importações aumentaram 13,2% passando de US$ 21 bilhões para US$ 23,78 bilhões. Nos primeiros quatro meses do ano, a balança comercial paulista apresentou déficit de US$ 1,38 bilhão.
O presidente estadual do CIESP, Rafael Cervone, observa que o crescimento das exportações foi expressivo, destacando a importância da indústria, que é responsável pelos produtos de maior valor agregado. Além disso, o comércio exterior pode ser uma boa alternativa para a expansão das vendas e dos negócios das empresas do setor, inclusive pequenas e médias.
“Realizamos estudos e análises da atividade exportadora e seus reflexos na indústria e orientamos sobre a sistemática de comércio exterior, bem como os aspectos administrativos, fiscais, financeiros e cambiais”, salienta o dirigente.
