Cerca de 250 contratados temporários não tiveram o vínculo renovado com a Faber-Castell, em meio a cenário de redução dos mercados de exportação e volta de empregados que estão com os contratos suspensos.
Segundo o Sindicato dos Químicos de São Carlos e Região, os contratos encerrados tinham validade de quatro meses e substituíram terceirização emergencial realizada pela empresa. As dispensas ocorreram ao longo das últimas semanas.
“Normalmente, no caso da Faber-Castell, existe a sazonalidade dela. Esse período de baixa produção é normalmente entre fevereiro e agosto. É óbvio que está atípica (a produção) em função da pandemia, inclusive há pessoas em suspensão de contrato de trabalho, por isso não houve prorrogação (dos temporários)”, comenta o presidente do sindicato, Flávio Moraes.
Dos cerca de 1.400 funcionários da multinacional alemã, 190 estão com os contratos suspensos, medida autorizada pelo governo federal. Há também empregados do grupo de risco da Covid afastados, afirma o sindicato.
Para Moraes, a baixa demanda de mercados consumidores, como Estados Unidos e América Latina teria motivado a empresa a realizar ajustes na massa de trabalho.
“Acho que no final do trimestre terá uma melhora com o retorno do pessoal que está com contrato de trabalho suspenso e a contratação de novos temporários”, avalia.
O que diz a Faber-Castell
A multinacional alemã afirmou que a dispensa já era prevista, “uma vez que se tratavam de trabalhadores com contratos temporários de quatro meses para substituição de empregados afastados dos Grupos de Risco da Covid-19”.
A companhia ainda disse que o quadro total “cresceu durante a pandemia em 88 posições no Brasil”.
