A safra do Cinturão Citrícola de São Paulo e Minas Gerais deve ter redução de 1,55% em 2023, estima a Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura). As regiões produtoras de Brotas e Porto Ferreira, municípios da região de São Carlos, devem ter diminuição na participação na produção total.
A Fundecitrus estima para a safra 2023/24 produção de 309,3 milhões de caixas de laranja, ante 314,2 milhões registrados na safra passada.
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“Essa diferença, pouco expressiva, mantém a produção no mesmo patamar da safra anterior e dentro da faixa média dos últimos dez anos”, afirma a fundação em nota.
A Fundecitrus atribui a redução ao caráter bianual das safras de laranja, que resulta em menor carga de frutos por árvore na safra de ciclo negativo.
Para 2023/24, a região Centro do Cinturão Citrícola, que compreende Brotas, Matão e Duartina, verá a participação cair de 28% para 26% na safra deste ano, estima a Fundecitrus. A produtividade deve ser puxada para baixo por Matão e Duartina, fazendo com que o índice do polo produtor ter perda média de 4,4% na colheita por hectare.
Na região Sul, formada por Porto Ferreira e Limeira, ocorrerá, também, redução da contribuição na safra total do cinturão, de 19% para 17% no período. Relatório da fundação espera queda de 5,9% na produtividade, com resultados no vermelho nos dois polos.
“Entramos, agora, em um período produtivo tecnicamente menor, mas nem por isso menos desafiador. O compromisso em manter a alta produtividade mesmo em cenários adversos é uma especialidade do citricultor e contaremos, com certeza, com o profissionalismo cada vez mais forte desses profissionais no dia a dia do campo”, afirmou o presidente da Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco.
O gerente-geral da fundação, Juliano Ayres, reforçou que a estimativa da produção na safra 2023/24 corresponde, naturalmente, ao ciclo de produção dos pomares de citros e que os cuidados devem ser redobrados para as doenças e pragas. “Isso ocorre em diversas culturas e na laranja não é diferente. Encerramos uma safra positiva e estamos abrindo essa com um cenário bastante otimista proporcionado pelas chuvas para tentar mitigar o ciclo bienal da citricultura. A atenção do citricultor deve estar presente, mais uma vez, no manejo eficiente das doenças, especialmente o greening”, frisa.
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