Após os servidores municipais dizerem “não” aos termos do reajuste salarial proposto pela administração municipal, chegou a vez da gestão dar um “não” aos servidores, mantendo a proposta anterior.
Em reunião no Paço Municipal, o alto escalão da gestão avaliou as cifras envolvidas e decidiu manter posição quanto à proposta anterior, negando a possibilidade de percentuais maiores de reajuste. Na última rodada, a gestão ofertou 7% de reajuste, dos quais, 2,5% são reais, ou seja, acima da inflação.
Mesmo sem o aceite dos servidores, a administração municipal decidiu encaminhar os projetos de lei à Câmara Municipal com os índices propostos nas negociações. A arena política tende a ser mais favorável à gestão Airton Garcia (PP), que dispõe de ampla maioria no Parlamento local.
Em nota, a Prefeitura citou o tempo como fator determinante para a celeridade dada às discussões salariais. O calendário eleitoral e a falta de condições financeiras seriam impeditivos para a alongar as conversas.
“Além dos prazos eleitorais teremos um feriado estendido na próxima semana em virtude da Páscoa e não podemos correr o risco de ficar somente a correção salarial pelo índice do IPCA”, argumentou o secretário do Governo, Netto Donato.
O secretário da Fazenda, Mário Antunes, afirmou que as contas do município estão “em dia” e que a atual gestão concedeu índices superiores à inflação oficial. “Com a inflação registrada desde 2017 com índice de 41,33%, o governo municipal concedeu reajustes na ordem de 61,85%, ou seja, um ganho real de 20,52%. Não foi diferente em relação ao ticket refeição, que em 2017 era de R$ 290,00 e com a nossa proposta atual, eleva para R$ 1.005,00, o que significa um reajuste no período de 157,87% contra uma inflação de 41,33%, resultando num ganho real de 116,54%”, justifica.
A administração cita que, além dos vantajosos percentuais nos últimos anos, houve também o enxugamento dos descontos feitos na cesta básica. Os servidores da faixa 1, por exemplo, arcarão com 5% ao invés de 10% na coparticipação, por exemplo.
A direção do sindicato dos servidores está reunida, neste momento, para avaliar as opções que tem na mesa e deve se manifestar ainda hoje sobre a negativa da administração.
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