Pelo quinto mês consecutivo, a proporção de famílias inadimplentes caiu em fevereiro no país, mostra levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Desde setembro, o indicador caiu de 30,2% para 28,1%, diminuição de mais de dois pontos percentuais.
O percentual menor mostra menos famílias no sufoco das dívidas, como a da dona de casa Adriana de Cássia Barbosa, que não vê a hora de pagar as contas.
“Eu tenho contas no cartão de crédito e o parcelado do banco, mas eu consegui refinanciar, graças a Deus. O problema mesmo é o cartão”, afirma.
O CNC também apontou redução do endividamento das famílias. O recuo foi de 78,1% para 77,9%, entre janeiro e fevereiro. Ante fevereiro do ano passado, quando estava em 78,3%, a queda é maior ainda.
“A economia melhorou, o mercado de trabalho também, o que reduziu o número de pessoas desocupadas. Muito provavelmente mais pessoas estão renegociando dívidas, pois têm mais dinheiro para quitar”, afirma o economista Paulo Cereda.
O especialista também dá indicações de como se livrar da pilha de boletos para pagar.
“Analise o tamanho da dívida e o que você tem de renda. ‘Posso fazer cortes?’, ‘Posso renegociar com o que tenho ou preciso de uma nova fonte de renda?’”, explica.
O casal Paulo e Karina buscaram o caminho da expansão da renda e decidiram agregar a venda de espetinhos, no São Carlos 8.
“Foi um aumento de 80% e está ajudando bastante. Conseguimos adiantar [o pagamento] dos cartões e contas”, afirma Paulo Henrique de Brito.
Para deixar tudo em dia, os comerciantes registram as entradas e saídas no papel. “Colocamos na ponta do lápis cada centavo que gastamos, para não ficar no vermelho”, diz Karina Leite.
*Reportagem de Rafael Castro, da EPTV.
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