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EconomiaMinha Casa Minha Vida e alta renda expandem a construção civil em São Carlos

Minha Casa Minha Vida e alta renda expandem a construção civil em São Carlos

Players apontam crescimento entre 30% e 50% nas vendas em 2024; programa habitacional e investimentos dão empurrãozinho

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Com a expansão do mercado de imóveis novos, construtoras que atuam em São Carlos esperam investir ainda mais no município com as mais recentes mudanças do Minha Casa Minha Vida e na legislação local.

Empresários ouvidos pelo acidade on ressaltam que encontram um ambiente de negócios descomplicado na cidade, que é conhecida pela alta renda e com perfil de investimentos em imóveis.

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O mercado em São Carlos já se encontrava aquecido nas fatias mais altas de renda, nas classes A e B, e pode ter no Minha Casa Minha Vida um empurrãozinho maior nas classes C e D. Programas habitacionais populares devem contemplar os estratos mais pobres da população, com novos investimentos federais na área.

De acordo com José Pedro Donadon, da ADN Construtora, o mercado imobiliário teve diversas “boas notícias” ao longo do último ano, o que impulsionou a venda de imóveis – e aumenta a ambição das construtoras por mais lançamentos.

“No Minha Casa, por exemplo, o imposto costuma ser de 4%, mas o RET (Regime Especial de Tributação) passou para 1%. Isso ajuda muito as famílias de baixa renda, na comercialização das unidades. Houve também o FGTS Futuro, que abriu a possibilidade de mais famílias obtiverem financiamento, com o complemento do Fundo de Garantia”, explica.

Os números da construtora de Donadon seguem o verificado no mercado paulista neste ano. O crescimento foi de 56% nas unidades em São Paulo. Na ADN, por exemplo, o crescimento é de 50% no VGV (Valor Geral de Vendas) e 41% no número de unidades.

Em paralelo aos programas federais, o governo do Estado turbinou o Casa Paulista, iniciativa que contempla famílias de determinadas faixas de renda com “vouchers” para a compra de imóveis novos. O valor é abatido da entrada e ajuda na aquisição da casa própria.

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Outra construtora, a EBM, também teve crescimento 30% nas vendas entre janeiro e maio, frente aos mesmos meses do ano passado. A construtora não tem em seu portfólio imóveis que se enquadram no Minha Casa Minha Vida em São Carlos, mas tem experimentado aumento nas vendas destinadas às mais altas rendas e a investimentos, segundo o diretor de incorporação Marcos Túlio Campos.

“Nós vemos ainda muitas oportunidades para crescer, aumentar ainda mais os volumes de vendas. Em muitas cidades a gente vê que só cresce devido ao programa social, mas em São Carlos vemos muita procura na média e alta renda”, explica.

O diretor ainda observou a valorização dos empreendimentos após os lançamentos. Quanto ao futuro, mira colocar mais unidades no mercado local, na expectativa de mais faturamento vindouro.

Simplificação e menor burocracia

O secretário de Habitação e de Desenvolvimento Urbano, Wilson Jorge Marques, aponta que, da parte da gestão municipal, a colaboração com o mercado veio no sentido de desburocratizar o ambiente e facilitar a tramitação dos processos.

Desde a adoção da informatização dos processos, que beneficia tanto as construções unifamiliares quanto as obras coletivas, até a concentração de diversas secretarias em um único prédio na marginal da Comendador.

“É claro que quando as coisas são mais complexas, elas demoram mais, pois dependem de maior análise, mas quando são mais simplificados, o fato de estarmos todos em um único prédio agiliza a tomada de decisão e o feedback que damos ao construtor. Por exemplo: se precisa de um olhar do pessoal do trânsito temos condições de chama-los aqui na hora, sem necessidade de marcar outra reunião para discutir detalhe”, explica.

O secretário afirma que o tempo médio de aprovação de edifícios de um pouco mais de complexidade tende a cair de 12 para 6 meses. “Tem uma economia de 50% do tempo”.

“É uma dinâmica nova na cidade, conseguir a aprovação mais rápida, começa a construir antes, gerar empregos antes, isso acelera o mercado”.

A informatização ainda não chegou a projetos muito grandes, cujas plantas e documentações consumiria exagerados espaços de armazenamento; mas o ganho em todos os processos – principalmente nos 90% mais numerosos, que são os pequenos, abre espaço para uma economia de tempo em toda a pasta.

“O mercado de São Carlos é dinâmico, é diferente de qualquer cidade da região. Tem o fator estudantil, tem os professores, trabalhadores qualificados. Há uma geração de riqueza”, finaliza.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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