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EconomiaMorre Carlos Langoni, presidente do BC de 1980 a 1983, de Covid

Morre Carlos Langoni, presidente do BC de 1980 a 1983, de Covid

Economista é autor de um dos mais importantes estudos sobre a desigualdade de renda no Brasil e apresentou, recentemente, proposta de “choque de energia barata” para desenvolvimento

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Carlos Langoni foi presidente do Banco Central (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni morreu na manhã deste domingo (13), aos 76 anos, em decorrência de complicações da Covid-19. O economista estava internado desde dezembro na UTI do hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.

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Langoni nasceu em 23 de julho de 1944, em Nova Friburgo (RJ). Próximo do ministro Paulo Guedes (Economia), ele foi o primeiro brasileiro a se formar em economia na Universidade de Chicago, em 1970.

Também é autor de um dos mais importantes estudos sobre a desigualdade de renda no Brasil, publicado em 1973, durante o governo Médici, em plena ditadura militar.

O economista foi presidente do Banco Central de 1980 a 1983, na presidência de João Figueiredo, última da ditadura. Recentemente, era diretor do Centro de Economia Mundial da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Langoni apresentou a Guedes a ideia de um “choque de energia barata”, que poderia diminuir o preço do gás à metade. Para isso, ele propunha reduzir a concentração do mercado, dominado pela Petrobras.

Em entrevista à Folha em abril de 2019, Langoni afirmou que a oferta da energia barata do gás natural poderia tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado internacional e gerar uma nova revolução industrial no Brasil.

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“A Petrobras praticamente controla a totalidade de oferta. Na distribuição, a Constituição vem sendo interpretada, na minha opinião de forma equivocada, e cria monopólios também na distribuição nos estados. O setor é um caso absurdamente clássico de sobreposição de monopólios, que precisa ser revisto”, disse na entrevista.

Guedes lamentou a morte do colega.

“Carlos Langoni sempre foi um otimista, um brasileiro construtivo, um homem com espírito público. Foi o primeiro economista a estudar com seriedade a questão do capital humano, a mostrar como as desigualdades nas oportunidades educacionais se transformam em desigualdades econômicas e sociais, chamando a atenção para a importância de políticas públicas na área. Mais recentemente, foi essencial na formulação do novo marco legal do gás. Foi o autor intelectual do choque da energia barata, defendendo a importância da quebra de monopólios, oligopólios e cartéis para viabilizar a redução de preço na geração e distribuição da energia para fortalecer a indústria. É uma grande perda para o país. Meus sentimentos à família”, afirmou o ministro.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou em seu perfil do Twitter que Langoni foi um economista brilhante e uma “referência em estudos sobre capital humano, desigualdade e recentemente energia”.

Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, destacou que Langoni foi “pioneiro nos debates sobre capital humano e desigualdade”. Bruno Ottoni, professor da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), escreveu: ” Mais uma vítima da Covid-19. Uma pena”.

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