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EconomiaPapelarias registram pouco movimento em São Carlos

Papelarias registram pouco movimento em São Carlos

Com as incertezas sobre a volta às aulas, em alguns casos, a compra de material escolar tem sido feita pela internet ou via delivery

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Venda de material escolar apresenta queda no período de pandemia. Foto ilustrativa/ ARQUIVO

 

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Com as aulas à distância, depois de suspensas as atividades presenciais, um setor que sentiu os reflexos dessa mudança foi a papelaria, por exemplo. 

Era muito comum para um pai ou uma mãe ir até a papelaria com os filhos logo nas primeiras semanas do ano para comprar o material escolar. Hoje em dia, nem tanto. Com tantas mudanças e riscos, muitos pais fizeram as compras, mas preferiram não sair de casa para isso.  

O funcionário de uma papelaria de São Carlos, Milton Fudo, falou que as vendas online predominam neste início de ano. “As vendas agora estão mais online. As pessoas estão receosas de vir presencialmente”.  

Proprietário de uma outra papelaria da cidade, Fernando Barbieri disse que a procura é baixa até o momento. “A procura ainda não chama a atenção. O consumidor ainda está bem cauteloso, não está procurando material ainda não”.  

A grande expectativa do setor, segundo Fernando, é a volta das aulas das universidades, considerando que elas contam com um grande número de alunos, que fazem com que a economia gire, principalmente para o setor. “A expectativa nossa, na verdade, é mais pela volta das aulas nas universidades. Mas isso ainda está muito incerto”.  

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Cláudia Lemes é funcionária de uma papelaria em São Carlos que tem recebido já alguns pais desde novembro, mas disse que tem mudanças em comparação com o ano passado – como, por exemplo, as restrições até mesmo do número de pessoas que podem ser atendidas por vez nos estabelecimentos. “A venda de material começou bem, a gente tem feito lista desde novembro. O ano começou bem, não tanto quanto o ano passado, mas está legal sim. Uma vez que não pode entrar tantas pessoas dentro da loja, o ano passado podia entrar quantas quisesse, esse ano tem um limite”.  

Ela também destacou que neste ano teve queda de vendas de um item que geralmente compõe a lista de material escolar – a mochila. “Material escolar, em geral, a procura está sendo boa. O que não tem vendido, que a gente acredita que o pessoal está aproveitando, são as mochilas”.  

O que mudou também, segundo a Claudia, é o comportamento do consumidor. Ela disse que muitos clientes não vão até a loja para comprar e quando vão, permanecem por pouco tempo dentro do estabelecimento por precaução. “Em relação ao ano passado, hoje tem muita entrega, a gente está fazendo muito delivery. A gente vendeu muito material para as crianças ficarem em casa. Eles ligam, perguntam o valor por WhatsApp, a gente manda, deixa tudo separado e eles vêm buscar”.  

A expectativa é que o movimento cresça a partir da semana que vem, segundo comerciantes deste setor. Outro fator que pode influenciar as vendas é a elevação de preços.  

A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Materiais Escolares está prevendo reajustes entre 8 e 10% em por causa do custo do papel e do plástico.  

No caso de produtos com matéria-prima importada, os preços podem subir até 18%, puxados pela alta do dólar.  

A economista Paula Velho disse que além da indefinição quanto a volta as aulas interferir na venda de materiais escolares, por causa da falta de alguns itens, pode haver aumento de preço. “Faltam, nesse momento, alguns itens básicos e alguns insumos. Então nós podemos esperar aumento de até 25% no preço. Então nós podemos esperar alguns preços um pouco mais altos, elevados, e uma demanda ainda menor do que foi nos anos anteriores”  

Um dos itens mais vendidos nas papelarias são os lápis de cor. De acordo com a responsável pelo marketing de uma fábrica do setor, a Flavia Giordano, os materiais que eram comprados para uso na escola, hoje em dia, ganharam novas funções com as pessoas em casa. De acordo com ela, a empresa precisou se adaptar ao mercado atual.  

“A maior procura acontece sempre nos meses de volta às aulas, a partir de dezembro. O que observamos, porém, é que houve uma maior procura mesmo durante a quarentena. E quando as lojas ainda estavam fechadas, houve, inclusive, um aumento sensível nas vendas online. Mesmo com todas dificuldades previstas, entendemos que podemos contribuir de diversas formas positivas com os nossos consumidores e clientes”, afirmou Giordano. 

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