Parte dos atendentes de agências do Banco do Brasil (BB) em São Carlos (SP) cruzaram os braços nesta quarta-feira (10), o que causou incômodo e maior tempo de espera no atendimento nos caixas. A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Bancários.
Segundo o presidente do sindicato, Lauriberto Antônio Viganon, Lalo, cerca de 20 caixas aderiram à greve nas cinco agências do banco estatal na cidade. A paralisação não foi completa, mas os clientes esperaram mais nas filas, “nada que prejudicasse o atendimento”.
Lalo explicou que a paralisação de 24 horas ocorreu em protesto contra o programa de reestruturação da empresa que propõe o fechamento de agências e demissão de empregados.
Em uma assembleia virtual realizada na sexta, 87% dos trabalhadores do banco aprovaram a paralisação. Uma reunião de conciliação intermediada pelo Ministério Público do Trabalho ontem (9) terminou sem acordo, o que teria reforçado o movimento grevista.
A intenção do banco em remanejar o modelo de atendimento em algumas localidades fora anunciada em fato relevante dirigido ao mercado. A instituição anunciara o fechamento de 361 unidades, dentre elas 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento. Unidades de negócio serão transformadas em Lojas BB, locais sem a oferta de guichês de caixas.
Se o plano for completamente implantado, o Banco do Brasil prevê economia com despesas administrativas na ordem de R$ 353 milhões neste ano. Até 2025, a economia seria de R$ 2,7 bilhões.
Em nota, o banco afirmou que os sindicatos foram “prontamente informados sobre as mudanças e o Banco do Brasil colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos que fossem necessários”. A instituição disse ainda que “reafirma seu entendimento de que as medidas de reorganização preparam a empresa para um ambiente de maior competitividade no setor financeiro. Também estão alinhadas com o aprimoramento da experiência do cliente e com o maior investimento em soluções digitais”.