Moradores de São Carlos (SP) já começaram a sentir o impacto do aumento de até 20% no preço dos produtos de limpeza durante a pandemia. Com o agravamento dos casos e óbitos, a limpeza reforçada se tornou a peça chave.
A pandemia é o maior fator em relação ao aumento do consumo de produtos de limpeza das mais diversas categorias. No entanto, a alta procura e a falta de matéria-prima no mercado causaram um aumento repentino no preço.
Quem vai aos supermercados tem sentido os preços cada vez mais altos nas prateleiras. Para o aposentado Carlos Rodrigues, os preços estão exagerados. “Cada vez que a gente vai no mercado tem um preço, e sempre é maior, nunca menor. Quando tem alguma promoção eu dou uma equilibrada, mas que está exagerado, está”, disse.
De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), os itens de limpeza em geral subiram 4,86% nos últimos 12 meses. Os que mais tiveram reajustes foram: sabão em barra (+18,48%); esponja de aço, água sanitária e detergente (+10%) e álcool em gel ou líquido (+7,49%).
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Proprietária de uma loja de produtos de limpeza no município, Ivanete Santini está há 30 anos no setor e sentiu um aumento de 70% na procura por sanitizantes desde o início da pandemia.
No início do ano passado, inclusive, teve dificuldade inclusive pra receber esses materiais dos fornecedores. “Faltou álcool, faltou bactericida, água sanitária não chegou a faltar porque é mais corriqueiro. Faltaram várias coisas”, explicou.
A trabalhadora de serviços gerais Roseli Vieira trabalha também está no ramo e sentiu o aumento em sua rotina, já que os cuidados com a higienização foram redobrados neste momento.
“Agora por causa do vírus a gente usa muito mais sabão em pó, detergente, está usando muito dobrou o uso desse produto. Tem que estar tudo limpo todos os dias e gasta mesmo esses produtos”, disse.
Em meio aos preços que muitas vezes se tornam abusivos, a opção é pesquisar bastante para tentar economizar. Isso é o que o aposentado Benedito de Souza tem feito desde então.
“Eu geralmente tenho os preços quase todos na cabeça, e quando saio vou em quatro supermercados, vou pegando as coisas que estão mais baratas porque tem que economizar, não tem jeito”, contou.
