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EconomiaSegunda onda de Covid em Manaus afeta entrega de motos em São Carlos

Segunda onda de Covid em Manaus afeta entrega de motos em São Carlos

Forte demanda gerada por delivery e baixa produção por conta da pandemia gerou desabastecimento na cidade

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Venda de motos está prejudicada por conta da pandemia. (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

A piora da epidemia de Covid-19 em Manaus, no Amazonas, está afetando a entrega de motocicletas em São Carlos, dizem revendedores. Clientes estão precisando esperar mais de um mês para receber o veículo zero quilômetro. 

Um dos casos é do empresário Fabrício Zavitosk Conceição, que há um ano e meio fez um consórcio para retirar uma moto nova. Em dezembro, o empresário deu um lance maior para pegar o veículo, mas não o recebeu até agora. “Se a moto estivesse na loja, já seria entregue no dia 7 de janeiro. Mas não tem a motocicleta e com a pandemia pararam tudo. A previsão é para o final do mês de fevereiro, se tudo correr em ordem”, comenta. 

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Para tentar receber a moto antes, ele trocou a cor do pedido e ainda assim terá que esperar um tempo. “Eles estão com uma dificuldade de moto branca, então optamos por uma outra cor para poder chegar antes. Mas mesmo assim o prazo é para o final deste mês, em 28 de fevereiro”, relata. 

A relação entre oferta e procura de motos novas está afetando o mercado de usados também. Com o mercado de veículos zero está enfrentando dificuldades, alguns clientes acabaram optando por usados e seminovos. Em uma dessas lojas, o aumento foi de 30% em janeiro, se comparado ao mês anterior. 

Para o gerente de loja Marcelo Rodrigo Carvalho, o aumento de serviços de delivery por conta das restrições da pandemia fez disparar a procura de motos usadas. Muitos são-carlenses buscaram nas duas rodas uma fonte de renda. “Além do delivery tem a questão da pandemia. Mesmo quem anda de carro quer comprar uma moto e colocar uma caixa para poder se locomover para o local de trabalho”, explica. 

O autônomo Antônio Carlos Vieira Gonçalves está atrás de uma moto usada, mas com o mercado aquecido está difícil encontrar. “Eu tenho um sistema leva e traz e carro para mim hoje gasta muito. Então a moto será bem útil. Não seria uma zero e ainda assim está difícil de encontrar”, comenta. 

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), a produção total dos veículos foi de 961.986 em 2020. A cifra representa queda de 13,2% em relação a 2019, quando quando a produção foi de 1.107.758 unidades. A queda na produção afetou a exportação. O número de vendas foi de 38.614, em 2019, e 33.750, 12,6% por cento a menos. Esse foi o pior desempenho da década, segundo o presidente da entidade, Marcos Ferminian.   

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“Nos meses de abril e maio, praticamente a nossa produção foi a zero por conta de atender as necessidades dos protocolos de segurança dentro de nossas fábricas e não conseguimos tirar a diferença ao longo do ano. Por isso acumulamos 2020 com resultado negativo. E esse resultado vem já com dificuldades de atender a demanda que continua aquecida”, comenta. 

Ferminian lembra que as fábricas ficam em Manaus, um dos principais epicentros da segunda onda de Covid-19. A alta de casos por lá deixou a situação ainda mais complicada. “A nossa expectativa é que a pandemia seja controlada, diminua para que possamos voltar pelo menor ao patamar que tínhamos de produção no segundo semestre que no passado era de 100 mil motocicletas por mês”, conta.

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