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EconomiaSindicatos entram em acordo que permitirá antecipação de férias de comerciários

Sindicatos entram em acordo que permitirá antecipação de férias de comerciários

Documento firmado por entidades propõe ainda prorrogação de banco de horas até o fim agosto 2022 e possibilidade de suspensão do “vale”; entenda

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Comércio de São Carlos (SP) em meio a pandemia de Covid-19. Foto: ACidade ON

Os comerciantes de São Carlos vão poder adiantar férias de funcionários, suspender o pagamento de vale e prorrogar até o final de agosto de 2022 o banco de horas. O acordo entre patrões e funcionários foi fechado após audiências de conciliação online realizadas junto à Gerência Regional do Trabalho de São Carlos.

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Os encontros ocorreram nos dias 17 e 22 de março. O Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sincomerciários) fizeram o “aperto de mãos” e firmaram o aditamento à convenção coletiva. As audiências ocorreram a pedido do Sincomércio, que considera graves as consequências da pandemia na manutenção da atividade operacional das empresas.

O acordo suspende a obrigatoriedade de concessão do adiantamento salarial, o vale, pelas empresas até 31 de agosto de 2022, período de vigência do acordo. O documento ainda propõe que as empresas poderão antecipar férias, individuais ou coletivas, decorrentes de período aquisitivo completo, incompleto ou a iniciar, respeitando o prazo de 48 horas para aviso.

Patrões e funcionários entraram em consenso sobre o pagamento do adicional constitucional de 1/3 sobre férias. No caso de férias concedidas até 30 de novembro, o pagamento deverá ser feito até o dia 20 de dezembro. Já para férias concedidas a partir de 1º de dezembro, o adicional de 1/3 deverá ser quitado até o dia 31 de agosto de 2022.

A questão do banco de horas também foi levada à mesa. Ficou concluído que o prazo para compensação das horas não trabalhadas e remuneradas, colocadas em banco de horas, será prorrogado de 31 de dezembro de 2021 para 31 de agosto de 2022.

O acordo tem validade para os municípios de São Carlos, Ibaté e Tambaú, cidades que fazem parte da base territorial das duas organizações, e se estende para o comércio varejista em geral, inclusive para as atividades consideradas essenciais, como supermercados, mercados, açougues, hortifrutigranjeiros e lojas de ração e pet shop.

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Para Paulo Roberto Gullo, presidente do Sincomercio São Carlos, o acordo considerou, em primeiro lugar, a preservação da saúde e da vida e também se preocupou com a garantia de renda dos trabalhadores e a preservação das empresas, evitando o encerramento das atividades e dando estabilidade de emprego.

“O momento é de extrema dificuldade para grande parte das empresas, que precisam garantir o pagamento dos salários e sobreviver. Consideramos acertadas as restrições das atividades, neste momento, devido ao colapso na saúde e para contenção da disseminação do coronavírus. Porém, houve a necessidade de encontrar alternativas para amenizar a situação do comércio, a exemplo do que foi feito em outros municípios como Araraquara, Matão e Jaú”, relatou.

O presidente do Sincomerciários, Ademir Lauriberto Ferreira, classificou o momento como extremamente delicado. “Temos que garantir a saúde dos trabalhadores e o prato de comida na mesa. Só com união de esforços venceremos a pandemia em todos os sentidos.”

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