São Carlos teve redução de 42,3% nas exportações em janeiro. Números da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia mostram que a queda foi causada pelo tombo nas exportações de motores de veículos, o principal produto da pauta local.
Em números absolutos, São Carlos exportou US$ 22,5 milhões em produtos no primeiro mês de 2022. São quase US$ 16,5 milhões a menos do que no mesmo mês de 2021. Em moeda brasileira as exportações de 2022 somam cerca de R$ 113 milhões.
Por outro lado, as importações aumentaram em quase US$ 4 milhões, ou 13%. Em janeiro, a aquisição de bens por São Carlos somou US$ 38,6 milhões (R$ 195 mi).
O tombo nas exportações e a alta nas compras resultaram em saldo negativo de US$ 16 milhões (R$ 81 mi) no primeiro mês do ano.
Com os resultados, a corrente comercial fruto das exportações e importações somadas ficou em US$ 61,15 milhões (R$ 369,9 mi) em janeiro, 16,5% a menos do que em janeiro do ano passado.
Maiores parceiros
A queda nas exportações é explicada pelo freio aplicado pelos principais compradores de mercadorias de São Carlos. O México maior cliente e tradicional comprador de motores de veículos que abastecem a fábrica da Volkswagen em Puebla adquiriu 90,8% a menos. A redução representou “rombo” US$ 20 milhões nas contas externas. Os Estados Unidos respondem por ¼ das exportações e reduziram as compras em 34%.
Por outro lado, as indústrias de São Carlos expandiram mercados para os seus produtos na Argentina (+54,6%), Colômbia (+203%), Peru (+406%) e Chile (+57%). Os aumentos, entretanto, não fizeram frente às reduções dos grandes clientes.
Dentre os países que vendem bens para São Carlos, a China se mantém firme na primeira posição, com 28% das importações locais, e US$ 10,7 milhões transacionados em janeiro. Os Estados Unidos, que frearam as compras, aceleraram nas vendas e chegaram a 23%, com US$ 8,7 milhões.
A redução nas vendas de motores refletiu também na compra de seus componentes. São Carlos comprou 32,4% a menos em janeiro e somou US$ 3,9 milhões no período. O país governado por Olaf Scholz representa 10% das importações locais.
Principais produtos
O tombo nas exportações de motores tirou o item da ponteira dos mais vendidos e o jogou na terceira posição, com 12% das vendas. Lideram as bombas e compressores, com 28% das vendas (US$ 6,3 mi), seguidos pelos lápis e minas, com 24% (US$ 5,3 mi).
Entre os mais importados os insumos para fabricação de motores continuam a liderar, com 29% (US$ 11,1 mi). Na sequência vêm máquinas de lavar roupa, com 4,2% (US$ 1,64 mi), e bombas e compressores, com 3,9% (US$ 1,5 mi).