Apesar do movimento grande nas ruas do centro de São Carlos na tarde deste sábado (8), poucas pessoas foram vistas com sacolas em mãos.
A impressão de quem andava pelas ruas do comércio encontrava eco dentro das lojas. Entre os lojistas, o sentimento é o mesmo: o faturamento do Dia das Mães deste ano será menor do que do ano passado.
O Dia das Mães tem tamanho apelo comercial que é considerado o “Natal” do primeiro semestre. Não sem razão. Em tempos “normais”, sem crises econômica, política e da Covid, as vendas são boas. Para Andreia Cristina Rosa, proprietária de uma loja de artigos para o lar, este ano será um pouco diferente.
“Este ano vai ser pior. Não tem comparação entre o ano passado e este ano. Vai cair uns 60% não só a minha, mas (o faturamento) dos vizinhos também. Está todo mundo passeando, aglomerando, não estão comprando”, lamenta.
No calçadão do centro, a gerente de loja de roupas Camila Batista vê do caixa o movimento da rua. A sexta-feira (7) foi melhor, mas o sábado passou a conta-gotas. “Foi um pouco melhor ontem. Hoje vemos mais gente passeando, na sexta compraram mais, aderiram mais”, compara.
No começo da semana, o economista Elton Casagrande, do Núcleo de Economia da Associação Comercial de São Carlos (Acisc), afirmou ser difícil prever o comportamento do consumidor neste ano, por conta da pandemia, mas avisou um movimento positivo.
“É um contexto ajustamento, de adaptação. Também acredito no aprendizado do seu comportamento coletivo. Isso contribui para que haja um clima ascendente, seja cada vez melhor, é esse aprendizado que estou apostando”, comenta.