Recentemente, a concessão do Estádio Luís Augusto de Oliveira, o Luisão, voltou a gerar polêmica em São Carlos, desta vez chegando até a envolver torcedores e políticos da cidade. Atualmente, o espaço foi vetado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e não deve receber jogos e/ou treinamentos por, no mínimo, um mês.
Toda a discussão começou pelas redes sociais, após o vereador Marquinho Amaral apontar más condições do estádio. Na publicação, ele disse que o São Carlos FC “nada tem a ver” com a cidade e apontou ilegalidade na concessão do estádio.
Nos comentários, membros da torcida organizada se manifestaram dizendo que o vereador estava querendo beneficiar apenas um time e que estaria “desrespeitando a história do São Carlos”.
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Em resposta, Marquinho disse que explicaria “seu lado” sobre a situação na tribuna da Câmara Municipal, e o tema acabou entrando em pauta durante a sessão de terça-feira (27), onde jogadores e membros da diretoria do time também estiveram presentes. (Assista aqui)
Na ocasião, o vereador citou problemas estruturais que observou e disse que solicitou um requerimento para esclarecer sobre a legalidade do recente decreto e quais são as responsabilidades de cada time e do poder público perante a preservação do espaço.
“Estou querendo saber se o decreto é legal e se ele cumpre a lei do chamamento público. Se não cumprir, vamos fazer um chamamento para destinar o Luisão dando ônus e bônus. Quero ver se os dois times estão em ordem, se estão dentro da legalidade”, disse.
André, membro da diretoria do time, também usou a tribuna para falar sobre o assunto. “Queremos deixar claro que o intuito nosso como clube é construir atletas, construir vidas […] São Carlos tem dois clubes de bola, os dois estão correndo. É o esporte, isso é vida, é maravilhoso. Nós só queremos na verdade construir um futuro para nós mesmos”, disse.
Esclarecendo o assunto
Os desentendimentos se deram após a prefeitura publicar um novo decreto que permite a utilização livre do estádio para jogos e treinos das duas equipes que representam a cidade no futebol: São Carlos Futebol Clube e Grêmio São-carlense. (Leia o decreto aqui)
A publicação trouxe mudanças em relação ao decreto de 2005, que cedia toda a estrutura do estádio ao São Carlos FC. “À prefeitura cabe a manutenção do estádio, de toda a parte estádio. O São Carlos tem a concessão do alojamento, do refeitório e do administrativo, e eles têm que dar manutenção nesses espaços que estão ocupando do estádio. O restante [campo e estruturas] é responsabilidade da prefeitura”, explicou o secretário de Esportes e Cultura Luiz Lopes.
Sobre o apontamento de ilegalidade e o requerimento, o secretário informou que cabe ao departamento jurídico da prefeitura verificar a denúncia. “A gente não pretende fazer nada ilegal, se o Jurídico da prefeitura entender que realmente é ilegal, creio que isso possa ser revogado”, disse.
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