A Estância Climática de Analândia (SP) está entre as mais de 70 cidades do interior do Estado que não vão realizar o tradicional carnaval em 2022. Apesar do avanço da vacinação, o poder público quer evitar o risco do aumento de casos e mortes por Covid-19.
Na cidade, conhecida pelo famoso carnaval de rua com programações incluindo bandas, escola de samba e pontos turísticos diversos, a prefeitura decidiu não realizar a folia no ano que vem e cogita também cancelar a festa de Reveillon. A decisão foi tomada em conjunto com a Câmara Municipal, onde a maioria dos vereadores também se mostrou favorável.
“A sociedade é favorável, principalmente no caso de Analândia, a não ter carnaval porque entende que migra muita gente da região para o município de Analândia e se torna um turismo de depredação, porque acaba tendo uma lotação, um excesso de pessoas que a cidade não comporta nos quatro dias de carnaval. E mesmo no dia de Reveillon também tem uma superlotação”, explicou o presidente da Câmara, Leandro Santarpio.
De acordo com Santarpio, a decisão também foi tomada em conjunto com as outras cidades do polo regional de Piracicaba. Ao todo, 24 municípios estão optando previamente pelo cancelamento da festa.
Preocupação com a saúde
O presidente da Câmara explica que neste contexto, a prefeitura decidiu não utilizar recursos públicos para custear as atividades que ocorreriam no carnaval da cidade, tais como palco, shows, banheiros químicos e segurança.
Para ele, a decisão vai ajudar a evitar gastos e diminuir o risco da doença. “Analândia só tem uma unidade básica de saúde no qual as coisas graves são atendidas em Rio Claro. Se por ventura os casos aumentarem muito e tiverem que ocupar leitos, a gente depende da cidade de Rio Claro para ter vaga. Nossa preocupação com a população e com a saúde está em primeiro plano. É uma maneira de economizar dinheiro e também, ao mesmo tempo, combater a pandemia”, concluiu.
Hoje, o município conta com 415 casos confirmados de Covid-19 e sete óbitos. Deste total, 404 pessoas se recuperaram do vírus. A última morte foi registrada em 7 de maio, há quase seis meses.