Nesta sexta-feira (24) é celebrado o Dia de São João Batista, um dos três santos juninos celebrado com muitas festas e confraternizações. Na igreja católica, ele também é chamado de precursor de Jesus e lembrado pelo batismo nas águas do Rio Jordão. Em São Carlos e Dourado, paróquias em que o santo é padroeiro oferecem programação especial.
Como diz seu próprio nome, João Batista era conhecido pelos batismos que fazia em todos, sem restrição para participação dos judeus, como primeiro ato concreto de conversão e arrependimento dos pecados aos batizados.
Segundo a bíblia, João era filho do sacerdote Zacarias com Isabel, a prima de Maria que mesmo idosa foi agraciada pelo milagre da gestação através do anúncio do Anjo Gabriel. Ele teria nascido seis meses antes de Jesus.
A ligação com as festas juninas vem daquela época, da história do nascimento de João Batista. Segundo a Arquidiocese de Sorocaba, a história diz que Nossa Senhora perguntou a Santa Isabel como saberia do nascimento de João, ao que ela respondeu que acenderia uma fogueira bem grande que pudesse ser vista de longe para anunciar a chegada do menino e também levantaria um mastro com uma boneca sobre ele.
Tanto o mastro quanto a fogueira são ritos que permanecem em igrejas católicas, durante as festividades de São João. No Brasil, a prática do acendimento acontece na noite do dia 23 para o dia 24 e foi uma tradição trazida por jesuítas. Algumas paróquias também realizam a “alvorada de São João”.
Com o tempo, outras tradições se tornaram populares, como o “arrasta-pé” e a quadrilha, que herdaram elementos de bailes populares na Europa. Palavras como “anarriê” e “balancê”, por exemplo, são termos adaptados de bailes franceses.
A relação com as festas juninas vem desde a colonização brasileira. Na Europa, as festas comemoravam as colheitas e eram celebrações pagãs. Logo o catolicismo começou a inserir eventos religiosos nas comemorações. A festa de São João, então, ganhou força e quando os portugueses chegaram ao Brasil, trouxeram as tradições católicas e suas festividades. Aqui, a festa foi sendo incorporada com costumes indígenas e afro-brasileiros.
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Conheça algumas tradições juninas da Festa de São João:
Casamento caipira: uma zombaria aos casamentos tradicionais e pode ser feito a partir de diversas histórias, mas a tradicional envolve a noiva grávida, o noivo bêbado, o pai obrigando o casamento com ajuda do delegado armado de espingarda, e após a cerimônia, a tão aguardada quadrilha.
Balões: apontam o início da festa e foram criados para reverenciar os santos da festa, realizando pedidos normalmente ao namoro e ao casamento. Embora Santo Antônio seja o conhecido como casamenteiro, os outros dois santos juninos também recebem os “pedidos românticos”.
Levantamento dos mastros: o mastro geralmente é erguido durante a festa para celebrar os três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro. No Brasil, três bandeirinhas são amarradas na ponta do mastro para simbolizá-los. Também há a tradição de “beijar o mastro” antes de levantar para conseguir “um amor”.
Fogueira: além de ser uma referência ao nascimento de João Batista, a fogueira simboliza proteção de maus espíritos que atrapalhavam a prosperidade das plantações, sendo assim, a festa com fogueira acesa era para agradecer pelas fartas colheitas.
Superstições: a fogueira também tem superstições bem conhecidas, sendo a mais comum nos dias de hoje a simpatia de andar sobre as brasas com os pés descalços. A crença popular diz que a pessoa que passar e não se queimar “tem muita fé”. Na região, a prática é feita em uma grande festa no município de Bocaina, onde moradores se arriscam para “comprovar a fé”.
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