Nesta terça-feira (30) é comemorado o dia da saudade: uma palavra sem tradução, mas com uma definição extremamente complexa e intrinsecamente ligada a lembranças. Em São Carlos, artesãs utilizam a resina como obra prima de trabalho para eternizá-las.
Juliana Sanches está no ramo das eternizações afetivas há quatro anos e a inspiração veio de uma joia de leite materno que viu pela internet. Especialista em joias feitas com DNAs de humanos e pets, ela conta que acha incrível o modo como os materiais se transformam em algo bonito e duradouro.
“A maior procura de eternização é leite materno, primeiro corte de cabelo, pelos de pet e cinzas de cremação. A cliente me envia o material e pensamos juntas em um modelo que represente a história dela, algo significativo e representativo”.
Para ela, a parte mais gratificante de produzir trabalhos tão delicados e recheados de sentimento é sentir a emoção do cliente ao receber a joia.
Conservando memórias
Outra artesã da cidade que também coloca as mãos na massa para eternizar essas lembranças é Romischinaider Caroline Sanches. Ela conta que está há um ano no ramo e que entende a responsabilidade e a singularidade de conservar essas memórias.
Os pedidos que mais faço, além das eternizações, são personalizados com fotos e frases em chaveiro, suporte para celulares e outros presentes para datas comemorativas.
Romischinaider Caroline Sanches, artesã
Ela frisa que cada trabalho é único e que os objetos carregam suas próprias histórias. “É extremamente satisfatório fazer parte desses momentos tão especiais, é muito especial você conseguir reproduzir na resina aquilo que o cliente imagina”, completou.