Solstício, palavra de origem latim, significa “sol parado”, e é exatamente a sensação que devemos sentir nesta sexta-feira (22), o “dia mais longo do ano”, marcado pela chegada do Verão, que acontece exatamente às 0h27, como explica Adilson de Oliveira, professor do departamento de Física da UFSCar.
Para entender o fenômeno, é necessário entender que as estações do ano ocorrem devido ao fato de que a rotação da Terra é inclinada em 23º. Isso, segundo o docente, faz com que parte do globo fique mais ou menos iluminado, de acordo com o movimento da Terra.
Nesse processo que ela tem essa rotação inclinada, nós que estamos no hemisfério sul, nesta época do ano, recebemos mais luz, e por isso que os dias são mais longos. Estamos vendo que o sol está nascendo antes das 5h aqui em São Carlos e se pondo quase 19h. Esse processo ocorre por causa desse período de maior iluminação.
Adilson de Oliveira, professor do departamento de Física da UFSCar
O professor ainda aponta uma curiosidade que difere os fenômenos: no equinócio, que marca a chegada da primavera e do outono, os dias são iguais, ou seja, a noite e o dia tem a mesma luminosidade, em torno de 12 horas.
“Hoje, no dia do solstício, vão ser quase 13 horas de dia claro porque o sol vai nascendo mais ao Sul, em percurso mais longo. Por outro lado, você tem o solstício de inverno, que vai acontecer também amanhã, nesse horário, para quem está no hemisfério norte. Lá, ao contrário, o dia vai ser mais escuro”, disse.
Oliveira destaca que, quanto mais ao sul do Brasil, mais longo vai ser o dia. Assim, se a pessoa estiver no extremo sul, na Antártida, por exemplo, o sol ficará o tempo todo no céu.
Hoje é o dia que ele tem a máxima distância, a partir de amanhã ele vai voltando até chegar ao leste novamente. Aqui em São Carlos, essa é uma diferença de quase 20º mais ou menos em relação ao leste. Por isso, o sol não nasce sempre no leste. Ele só nasce no leste no equinócio da primavera e do outono.
Adilson de Oliveira, professor do departamento de Física da UFSCar
