Em coletiva nesta quarta-feira (5), o governador João Doria (PSDB) disse que a recomendação estadual para o Carnaval é evitar, mas que a decisão cabe apenas às prefeituras que devem ou não realizar a festa.
A polêmica se instala em um momento de aumento de casos de Covid-19 e gripe após as festividades de final de ano e a decisão do Rio de Janeiro em cancelar a folia de rua, mas manter desfiles nos sambódromos.
Questionado, o governador ressaltou que cabe às prefeituras que costumam promover as festas decidirem sobre a realização dos eventos futuros.
“A posição do Governo do Estado é aquela já expressada aqui pelos nossos médicos: não é o momento para aglomerações desta ordem, portanto a recomendação é evitar que isso aconteça, porém a decisão cabe em súmula a aqueles que dirigem e comandam as prefeituras municipais”, disse.
Carnaval em “dois aspectos”
De acordo com o coordenador executivo do Comitê Científico, João Gabbardo, o Carnaval pode ser analisado em dois aspectos: os desfiles de escolas de samba, que possibilita o controle no ambiente, e o carnaval de rua, situação extremamente oposta.
“[Desfile de escolas] É uma situação muito parecida com o que ocorre nos estádios e que há possibilidade de ter controle neste ambiente, exigindo que todas as pessoas que participem estejam vacinadas, a orientação para que continuem utilizando máscaras […] Agora, o carnaval de rua não temos como fazer o controle. Se ficar liberada a participação der todos, não tem como a gente acompanhar se está vacinado, a aglomeração é imensa”, explicou.
Para Gabbardo, a realização de carnaval de rua neste momento é impensável. “E mesmo o desfile temos q ter uma preocupação porque para chegarem no local onde vai haver, as pessoas vão se aglomerar no transporte coletivo, e isso sempre é um risco e nesse momento um risco muito alto, então tem que ser analisado com essa preocupação”, concluiu.