Mais um evento cultural agitou São Carlos neste domingo (11). Foi a 13ª edição do Encontro do Ferromodelismo, , na Fundação Pró-Memória, que ficou dois anos sem ser realizado em decorrência da pandemia e agora voltou para a alegria de muitas famílias e admiradores das ferrovias. O evento teve dois dias de duração e recebeu milhares de pessoas.
A maior maquete do evento pertence à Associação São-carlense de Ferreomodelismo (ASCFER) e tem 60 metros de comprimento. O projeto começou em 2015, e segundo o associado Sergio Lucca, traz o “retrato detalhado” da ferrovia da região, destacando principalmente o entorno das estações de São Carlos e Itirapina e de uma ponte de Araraquara.
“Uma maquete dessas está girando em torno de R$ 50 a R$ 100 mil. Tem muito trilho, a maioria é importado, então preço disso é alto. Os próprios trens, o valor agregado das composições é muito alto, um vagão por exemplo é R$ 100, uma locomotiva gira em torno de R$ 1 mil, R$ 2 mil, depende do que você quer rodar”, explicou.
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Em uma proposta diferente da maioria, o expositor Rodolfo Buzato resolveu trazer em sua maquete trechos importantes da via férrea de Torrinha, cidade onde mora. Cheia de detalhes que vão de pessoas passeando pela rua e até lago artificial, as miniaturas trazem a representação de lugares como Igreja do Mosteiro Paraíso, Santo Sepulcro, Cine São José e Pedra de Torrinha.
“Faz dez anos que estou no hobbie, essa é minha terceira maquete, e eu gosto de retratar alguns pontos. [Além dos pontos turísticos] em movimento tem trator, ônibus, caminhão, um domador domando um cavalo, isso é um diferencial da maquete. Cada maquete tem seu conteúdo, a minha eu trouxe pontos da minha cidade”, contou.
Expectativas superadas
O são-carlense Alex Pereira da Silva decidiu passear pelo encontro com a esposa, os filhos e outros familiares. Essa foi sua primeira visita, mas ele comenta que os cunhados já vieram outras vezes e elogiaram os atrativos e melhorias desta edição.
Para ele, as exposições representam histórias que devem ser contadas aos filhos. “Para resgatar a memória para os nossos filhos, coisas que a gente já estava perdendo com o tempo e agora está resgatando e mostrando para eles as representações das maquetes, é muito interessante para eles”, contou.
A família de Mariane Fortunato também foi ao evento pela primeira vez e se maravilhou com as maquetes. “Estamos fascinados, perguntamos para o pessoal e cada maquete leva em média dois a quatro anos, é uma dedicação e um trabalho muito bonito do pessoal que está aqui”, comentou.
O amante de ferrovias Paulo Coracini Solares comparece desde a terceira edição do evento, e desta vez registrou tudo para usar de inspiração. “As expectativas foram superadas, a gente esperava que voltasse, eu senti falta. Estou pegando várias ideias para a minha, não quero nada de exposição, é só para mexer com as minhas coisas e com minha maquete que fica na casa do meu pai”, contou.
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