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PolíticaEncerrada a eleição, candidatos de São Carlos avaliam erros e acertos da campanha

Encerrada a eleição, candidatos de São Carlos avaliam erros e acertos da campanha

Para os ouvidos pelo acidade on, faltaram coordenação, dinheiro, atenção dos partidos e, sobretudo, convencer o eleitor de que alguns dos projetos submetidos ao crivo popular tinha viabilidade

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Alguns dos principais candidatos a deputado de São Carlos avaliam os erros e acertos nas eleições que, mais uma vez, deixou a cidade sem representação na Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Cidade menor, mas com coordenação e direção política claras, Araraquara sai das eleições super-representada do pleito de ontem (2).

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Para os ouvidos pelo acidade on, faltaram coordenação, dinheiro, atenção dos partidos e, sobretudo, convencer o eleitor de que alguns dos projetos submetidos ao crivo popular tinha viabilidade.

Para Djalma Nery (PSOL), a falta de um grupo político majoritário na cidade que indique ou apoie um nome para a disputa a deputado estadual ou federal prejudica. “Em segundo [lugar], os candidatos, eu incluso, não foram os melhores possíveis. Quero dizer que não empolgaram as pessoas a ponto de conseguir alcançar o número necessário de votos”, comenta.

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A nova onda conservadora no Estado pode ter atrapalhado também as pretensões do vereador, que disputou vaga na Alesp e é do campo progressista. “Para a gente, aí falo da esquerda, ficou uma expectativa frustrada, que esperávamos expansão política do nosso campo”, relata.

Apesar das dificuldades, o psolista avalia “muito positivamente”, pois dobrou o número de votos na cidade e o eleitorado geral. Foram 21.380 votos, dos quais, 12.100 foram em São Carlos. “Então mostra que há uma densidade, uma aceitação política grande, e que estamos numa curva ascendente”.

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Marcos Palermo (MDB), que concorreu à Câmara Federal, recebeu o apoio do vice-prefeito Edson Ferraz, da mesma sigla, e contou com a dobradinha de Roselei Françoso, que disputou à Alesp. Apesar dos apoios, lamentou o fato de vereadores e o próprio prefeito Airton Garcia (União Brasil) terem apoiado “candidatos de fora”.

“O vice-prefeito sim, vestiu a camisa da cidade, andou comigo, mas num contexto geral foi diferente de Araraquara, por exemplo, que o prefeito de lá apoiou duas [candidatas] do partido dele e foram eleitas. Somos uma cidade sem educação política e não sabemos ainda a importância de que é um representante no Congresso, na Alesp”, opina.

Palermo saiu brigado e atirando na gestão Airton, da qual fez parte como secretário de Saúde por cinco anos. Obteve nas urnas 6.319 votos na cidade, soma que chega a 7.103 contabilizando o Estado inteiro.

Roselei também traça paralelos com Araraquara, município que demonstrou unidade ao eleger duas deputadas petistas para a Assembleia.

“É o prefeito Edinho Silva (PT), [ele foi] muito importante para a eleição. O Edinho é um cara estrategista. Ele falou para mim: ‘A Thaynara [Faria] é minha candidata a deputada estadual’. Ele começou a planejar, organizar, diferente de nós aqui, fez um apoio organizado na cidade”, comenta.

O presidente da Câmara afirmou, ainda, que o fato de o prefeito de Araraquara ter projeção estadual no Partido dos Trabalhadores abriu diversas possibilidades para a candidata. E ela, com atributos como a luta feminista, ser uma mulher negra e ter uma pauta bem definida junto às minorias, conseguiu canalizar para si os votos. “Thaynara é um fato a ser estudado”.

Roselei relembra, ainda, que Márcia Lia, deputada araraquarense já experiente que se elegeu com crescimento na votação, obteve êxito devido ao trabalho já prestado na Assembleia Legislativa e o grande conhecimento que a população paulista tem dela.

Insatisfação com recursos
Roselei e Palermo compartilharam suas insatisfações com a divisão de recursos do MDB, partido que elegeu quatro deputados na Assembleia neste ano. Rogério Santos, por exemplo, o menos votado do partido a garantir uma vaga recebeu R$ 500 mil de recurso público e teve 76,6 mil votos.

“Não dá para fazer uma eleição com o volume pequeno de recursos que o partido manda. São R$ 50 mil para um e R$ 900 mil ou R$ 2 milhões para outro”, afirma Roselei. 

“O próprio partido não ajuda, eles focam os investimentos nos caciques que estão há muito tempo e não apostam em renovação”, relata.

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