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PolíticaJustiça nega novo pedido de Airton Garcia para suspensão de processo de impeachment

Justiça nega novo pedido de Airton Garcia para suspensão de processo de impeachment

Prefeito de São Carlos alega cerceamento da defesa e critica a ordem dos depoimentos agendados; juíza não vê ilegalidades e determina prosseguimento do processo

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Airton Garcia, prefeito de São Carlos. (Foto: Divulgação)
Airton Garcia, prefeito de São Carlos. (Foto: Divulgação)

A Justiça negou novo pedido de liminar do prefeito Airton Garcia (União Brasil) para suspender a fase de depoimentos da Comissão Processante que pode resultar em cassação do mandato.

Em ofício encaminhado à Vara da Fazenda Pública, o prefeito afirmou que teve o direito à defesa violado devido ao fato de a Câmara Municipal não ter produzido uma prova documental que provaria a sua inocência. Se trata de laudo da Cetesb assinado por representante da administração municipal que provaria que o terreno cuja locação se deu mesmo sem utilização pela administração estava de fato sob a tutela da Prefeitura.

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“Não resta a menor dúvida que somente haverá atendimento aos princípios da ampla defesa e do contraditório quando a defesa tomar ciência da resposta do ofício enviado à as testemunhas de acusação quanto as informações apresentadas no ofício, assim como o próprio depoimento do impetrante, estar-se-á a respeitar ampla defesa”, afirma o pedido.  

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A equipe de defesa do prefeito também criticou o fato de o mandatário ser o primeiro a ser ouvido, antes mesmo da acusação. Em processo judicial, cível ou criminal, o acusado é o último a ser ouvido.

Em resposta, a juíza Gabriela Muller Carioba Attanasio, afirmou que não necessariamente normas dos códigos de processo cível ou penal devem ser seguidas e a forma usada pela Comissão Processante “não caracteriza ilegalidade”. Sobre o levantamento de prova documental antes da oitiva do acusado, a magistrada ponderou não haver regra “específica que imponha” a ordem dos acontecimentos dentro do processo.

Acusado de omissão e negligência
O prefeito de São Carlos é investigado por suposta omissão, quebra de decoro e negligência em caso de locação de terreno que consumiu cerca de R$ 300 mil em recursos públicos. O imóvel é de propriedade da família do político Júlio César Pereira de Souza, ex-candidato a prefeito e atual postulante a deputado estadual.
 

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Depoimentos nesta semana
A Comissão Processante abre a fase de depoimentos, a partir de quarta-feira (21), com a oitiva do prefeito Airton Garcia.

No dia 21 serão ouvidos também o fiscal André Ricardo Zambon, Marlon Gelesky, Hilário Apolinário de Oliveira e Mário Luiz Paulino. O casal Rosângela Catani e Júlio César Pereira de Souza (ex-candidato a prefeito e que disputa cadeira de deputado estadual), ligados à empresa dona do terreno em que pairam suspeitas também vão depor.

Edson Fermiano, ex-secretário de Governo; Waldomiro Bueno de Oliveira; e o secretário da Fazenda, Mário Antunes, também têm depoimentos agendados para o dia.

Na quinta-feira (22), a nova rodada de depoimentos segue com Walcinyr Bragatto, Edmur Roiz, Valentim Camargo, Carlos Antonio Campos e Eurípedes Gouveia.

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