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PolíticaSessão da Câmara tem interrupção após gritos contra "machismo" e "fascismo" dirigido a vereador

Sessão da Câmara tem interrupção após gritos contra “machismo” e “fascismo” dirigido a vereador

Manifestantes lotaram o plenário da Câmara em protesto contra o vereador Paraná Filho (PP), denunciado à Justiça Eleitoral acusado de violência política de gênero contra a vereadora Raquel Auxiliadora (PT)

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Sob gritos de “machistas” e “fascistas”, a Câmara Municipal de São Carlos teve que interromper a sessão ordinária de hoje (14).

Manifestantes lotaram o plenário da Câmara em protesto contra o vereador Paraná Filho (PP), denunciado à Justiça Eleitoral acusado de violência política de gênero contra a vereadora Raquel Auxiliadora (PT).

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O parlamentar teve a fala interrompida após discursar contra a presença da plateia. Entre os presentes estavam ex-vereadores e militantes feministas.

O vice-presidente da Câmara, Rodson Magno do Carmo (PSDB), interrompeu a sessão após as vaias e gritos de guerra tomarem o local. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o “machismo” e “fascismo”.

A fala de Paraná Filho foi interrompida por diversas vezes. O vereador afirmou que “entre os vândalos da plateia, há alguns professores, contadores, professores”.

“Onde estavam vocês quando o filho do presidente Lula espancou a mulher. Não estavam porque vocês são hipócritas. Podem fazer o ‘L’ mesmo”, disparou.

Durante a sua fala, Paraná voltou a afirmar que Raquel se “faz de vítima”. A vereadora apresentou uma queixa-crime contra ele junto à Justiça Eleitoral.

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“Ai meu Deus, sou vítima. Ai, tadinha. Nunca xinguei ninguém na tribuna. Nunca falei mal de ninguém. E agora tô aqui, tadinha”, disparou.

Raquel responde na tribuna

Durante seu direito de resposta, Raquel afirmou que 82% das parlamentares são vítimas de comentários sexistas, intimidações, ameaças e vazamento de dados pessoais, 44% já receberam ameaças de morte, estupro, espancamento e sequestro.

“O Brasil registra sete casos de violência política de gênero a cada 30 dias. Eu sou uma dessas estatísticas”, afirmou.

A vereadora afirmou que está na política há 25 anos, entre movimentos estudantil e sindical.

“Nunca passei isso na vida. Nas últimas duas sessões eu fui ameaçada, humilhada, silenciada e tive aspectos mentirosos da vida pessoal expostos. Todos os aspectos da violência política de gênero foram usados contra mim”, afirma.

A parlamentar afirmou que violência política de gênero é crime. “Ou seja, a violência cometida por aqueles que não aguentam ver mulheres ocupando esses espaços. São aqueles que têm ódio às mulheres”, afirmou.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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