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SaúdeEntenda a proibição da Anvisa sobre venda de massas contaminadas

Entenda a proibição da Anvisa sobre venda de massas contaminadas

Ingrediente que causou intoxicação e morte de animais foi utilizado por empresa fabricante de massas instantâneas como lamen, yakisoba e gyoza

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Anvisa determina a proibição de massas que contêm propilenoglicol contaminado. Foto: Reprodução/Pixabay
Anvisa determina a proibição de massas que contêm propilenoglicol contaminado. Foto: Reprodução/Pixabay

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na quinta-feira (22) o recolhimento de massas alimentícias da empresa Keishi e proibiu a comercialização, distribuição e uso dos produtos. Segundo a agência, a empresa utilizou em seus produtos o ingrediente que causou intoxicação e morte de animais.

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O recolhimento determinado diz respeito a massas fabricadas entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano. De acordo com a agência, dados fornecidos apontam que a empresa produz e comercializa vários tipos de massas como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas.  

Essa ação é parte da investigação sobre o caso do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol, que causou a intoxicação e a morte de animais. O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda.

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A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda. e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas.  

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Entenda sobre as substâncias
O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em alimentos.  

Já o aditivo alimentar propilenoglicol (INS 1520) é autorizado para alguns alimentos, porém seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias, conforme a RDC 60/2007.  Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento.

Portanto, quando o propilenoglicol é usado apenas no processo de refrigeração, não há necessariamente risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado.  

O que fazer se você tiver adquirido o produto
Empresas que tenham as massas da marca Keishi (BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.) não devem comercializá-las e nem as utilizar. Consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos produtos.  

Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele  deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, não consuma o produto.

Ações em andamento 
A Anvisa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os órgãos de Vigilância Sanitária locais seguem com a investigação de forma minuciosa e continuarão realizando inspeções diárias nas empresas envolvidas.  

As informações sobre as empresas e a rastreabilidade dos produtos continuam sendo atualizadas diariamente. Dessa forma, continua o processo de investigação dos fatos. 

Ainda não foi protocolado nenhum recolhimento voluntário junto à Anvisa, mas todas as empresas envolvidas estão sendo rigorosamente acompanhadas e, se for verificada a necessidade de recolhimento de produtos, a Anvisa fará sua determinação.

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