Um homem de 44 anos morreu de febre amarela em São João da Boa Vista, na região central do estado. O óbito aconteceu em 30 de abril, mas a causa da morte foi confirmada nesta semana. Segundo a prefeitura, o homem não estava vacinado contra a doença.
O paciente morava na região da Vila Valentin. Ele começou a ter dor abdominal, febre, mal-estar geral e sintomas respiratórios em 25 de abril. Segundo a prefeitura, cinco dias antes de manifestar os sintomas, ele esteve na área rural de São João da Boa Vista.
O homem foi internado no dia 29 de abril, com alterações nas funções hepática e renal, falecendo no dia seguinte.
VEJA TAMBÉM
Caic São Carlos fará ações de prevenção de ISTs em junho
Dengue tem disparada em São Carlos; região da Vila Nery concentra 1/3 dos casos
A Prefeitura de São João da Boa Vista disse que realiza nebulização veicular contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite a febre amarela, e também dengue, zika e chikungunya e também faz visitas domiciliares para combater o transmissor.
FEBRE AMARELA NA REGIÃO
Em janeiro deste ano, Vargem Grande do Sul, município vizinho a São João da Boa Vista, anunciou o primeiro caso de febre amarela do Estado de São Paulo desde 2020. O paciente era um homem de 73 anos, é morador de zona rural, que chegou a ser internado e se recuperou.
TRANSMISSÃO DA DOENÇA
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações, como:
- febre alta;
- icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
- hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal);
- eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.
O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
LEIA MAIS
Saiba como atividades físicas ajudam a reduzir a doença de Parkinson