O surto de febre maculosa no interior de São Paulo gerou repercussão nacional, principalmente após as confirmações de óbitos pela doença. Em São Carlos, há placas de identificação que apontam “possível presença de carrapatos-estrela”, vetor da doença. Em 2021, o município teve um óbito pela doença, mas foi um caso importado.
As placas das supostas áreas de risco estão espalhadas pelo campus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), no AT2 e na região do RU (Restaurante Universitário).
No entanto, a universidade informou que “no momento, não há a presença significativa de hospedeiros do carrapato nesses local” e que não registrou recentemente casos da doença. A instituição também informou que atua próxima à Vigilância Epidemiológica quando necessário .
A prefeitura também complementou que não há notificações para mapeamentos neste momento, referente a áreas de risco. A região também está fora do mapeamento divulgado pelo Governo do Estado esta semana.
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De acordo com a prefeitura, de 2020 até o presente momento o setor de Zoonoses contabilizou 12 casos suspeitos – três em 2020, cinco em 2021 e quatro em 2022.
O único caso confirmado neste período foi importado, onde a pessoa chegou já doente ao município e teve a notificação positiva na cidade. O óbito deste caso foi em 1º de dezembro de 2021, e a vítima era de Mogi Mirim.
SOBRE A DOENÇA
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.
Os sintomas incluem: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e dos pés, gangrena nos dedos e orelhas e paralisia do membro que inicia nas pernas e sobe até os pulmões, causando parada respiratória. Também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos.
TRATAMENTOS
O tratamento da febre maculosa evita formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico, ainda na fase de suspeita.
Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da Febre Maculosa pode agravar o caso podendo levar ao óbito.
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