BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o armazenamento da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em temperaturas mais altas do que originalmente previsto, a pedido do laboratório, para facilitar a logística de transporte do imunizante.
Será acrescentado na bula, segundo a agência reguladora, que “alternativamente, os frascos fechados podem ser armazenados e transportados entre -25 °C a -15 °C por um período único de até 2 semanas e podem retornar a -90 °C a -60 °C”.
A Anvisa disse que já constava na bula que a vacina deveria ser mantida no congelador a uma temperatura entre -90 °C e -60 °C e que, uma vez retirada do congelador, a vacina fechada poderia ser armazenada por até cinco dias em temperatura entre 2 °C e 8 °C.
“Estudos de estabilidade apresentados comprovam que a vacina mantém suas características de qualidade nas novas condições de temperatura. As novas indicações foram avaliadas a pedido do laboratório”, disse em nota a agência reguladora.
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Os novos limites de conservação não alteram o período de validade total do produto, que é de seis meses. As demais orientações de conservação e armazenamento da vacina não foram modificadas.
“Essa nova autorização para o armazenamento de nossa vacina contra a Covid-19 contribuirá para a logística de vacinação com o imunizante em um país de dimensões continentais como o Brasil”, disse em comunicado Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil.
O governo brasileiro está negociando com a Pfizer a compra de mais de 100 milhões de doses até o final deste ano, totalizando 200 milhões de unidades a serem adquiridas da farmacêutica. O anúncio foi feito pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, em uma rede social.
“A negociação começou há cerca de 20 dias e a pasta busca dar celeridade ao processo”, escreveu o ministro.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a Pfizer antecipará 2 milhões de doses, elevando o total de imunizantes fornecidos pela fabricante para 15,5 milhões até junho.