A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu nesta quinta-feira (20) aprovar o uso emergencial da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, com veto ao uso em pessoas com baixa imunidade.
Os requisitos para autorização foram: liberação para o público entre 6 e 17 anos e público com comorbidades; proibição de aplicação em imunossuprimidos, ou seja, pessoas com baixa imunidade.
A imunização será em duas doses aplicadas em intervalo de 28 dias. A vacina é a mesma utilizada em adultos, sem uma versão pediátrica, como a Pfizer. Até o momento não foram determinadas outras definições sobre cronograma e alteração de planos de imunização.
O imunizante já foi autorizado em crianças de diferentes faixas etárias em pelo menos seis países: Camboja; Chile; China; Colômbia; Equador e Indonésia, além de Hong Kong.
Imunização imediata
Esse é o segundo pedido do Instituto Butantan para aplicação do público alvo vacina. O primeiro, apresentado em julho de 2021, foi negado por falta de informações. O pedido de hoje está em análise desde novembro do ano passado.
O instituto tem neste momento 15 milhões de doses da vacina pediátrica em estoque e deve auxiliar na aceleração da vacinação das crianças, já que se a vacina for liberada, o Estado garantiu o início imediato de distribuição aos municípios e conclusão da imunização em três semanas.
De acordo com a coordenadora geral do programa estadual de imunização, Regiane de Paula, o Plano Estadual de Imunização (PEI) tem condições de aplicar, no mínimo, 250 mil doses por dia.
“Se nós olharmos para a população de 5 a 11 anos, temos em torno de 4,3 milhões de crianças a serem vacinadas. Se olharmos a população de 3 a 11 anos, são 5,3 milhões que esperam, e os pais e seus responsáveis, que esperam que a criança receba a vacina no braço”, informou.