Um estudo científico publicado por pesquisadores chineses do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e da Universidade Médica Capital apontou que a resposta imune induzida pela CoronaVac permanece por um ano no organismo.
Foram analisados 150 voluntários, com idades entre 18 e 59 anos, que receberam as duas da vacina com 14 dias de intervalo. Para poder verificar a evolução do panorama imunológico dos participantes, amostras de sangue foram coletadas antes do recebimento da primeira dose da vacina, assim como decorridos um, três, seis e 12 meses após a segunda dose.
Os cientistas constaram que, um mês após a imunização completa, os anticorpos de ligação e os anticorpos neutralizantes surgiram rapidamente. A taxa soropositiva de anticorpos de ligação foi de 99% e a taxa de soroconversão de anticorpos neutralizantes foi de 50%.
Do terceiro até o 12º mês após a imunização, houve uma ligeira diminuição ao longo do tempo nos anticorpos neutralizantes e anticorpos de ligação. Aos 12 meses, porém, os anticorpos de ligação e os neutralizantes ainda eram detectáveis.
Assim, os pesquisadores chineses constataram a persistência da resposta imune induzida pela Coronavac, em um regime de duas doses. Foi comprovado que a vacina não apenas induziu ligações duráveis e respostas de anticorpos neutralizantes, como também células T de memória CD4 + e CD8 + específicas para SARS-CoV-2 por até 12 meses.
*Com colaboração do jornalista científico Peter Moon.