O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (24) o início da vacinação contra a Covid-19 aos profissionais de segurança pública do estado de São Paulo a partir de 5 de abril.
Serão contemplados os policiais militares, civis e científicos, bombeiros, agentes de segurança e agentes penitenciários. De acordo com o governo do Estado, são 180 mil pessoas que atuam nesta área.
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De acordo com o general João Campos, secretário de Segurança Pública, até o momento a secretaria perdeu 79 policiais que estavam na ativa, sendo que 56% estão na faixa etária entre 46 e 55 anos.
Ainda segundo o general, os policiais estão em constante risco de contaminação desde o início da pandemia, principalmente em relação a atividades realizadas, tais como abordagens administrativas, prisões, dispersões em aglomerações, blitz investigativas, atendimentos em balcões de delegacia e até mesmo emergências com bombeiros apoiando profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Desde o início da pandemia nós potencializamos a atividade policial, e nessa potencialização nos submetemos à elevadíssima exposição. A vacina aos policiais, guardas civis municipais, aos agentes penitenciários, chegam como uma bênção”, disse o general.
Segundo o Vacinômetro atualizado nesta quarta-feira (24), o Estado de São Paulo já aplicou pouco mais de 5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, sendo que 3.724.706 receberam a primeira dose e 1.276.600 foram contemplados com a segunda. Os dados estão disponíveis no site Vacina Já.
Manifestação
No dia 22 de março, servidores da Polícia Civil realizaram uma manifestação nacional virtual pedindo pela inclusão da categoria entre os grupos prioritários para receber a vacina contra a Covid-19.
segundo a presidente do Sindicado dos Delegados, Raquel Kobashi Gallinati, os profissionais de segurança pública foram considerados essenciais durante a pandemia e não tiveram redução em suas atividades, sendo que muitos deles continuam atuando mesmo pertencendo ao grupo de risco da Covid.
“Temos mais policiais mortos por Covid do que em confrontos nas atividades de trabalho, então não é possível esse desrespeito por parte dos governos com aqueles que integram a segurança pública, que trabalham na linha de frente e estão a todo tempo se expondo a riscos de contaminação e nada está sendo feito. Portanto, o ato vem para clamar essa falta de respeito por parte do governo aos policiais e todo o Brasil”, explicou.