A falta da segunda dose da vacina contra a Covid-19 tem gerado preocupação entre autoridades sanitárias no Brasil afora. Na terça-feira (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que 1,5 milhão de brasileiros deixaram de comparecer a pontos de vacinação na data estipulada. Afinal, a segunda dose é mesmo necessária?
O ACidade ON procurou um médico sanitarista Rodolpho Telarolli Júnior para saber se a imunidade só fica completa após a segunda dose e a resposta é sim, para termos proteção contra o vírus são necessárias as duas doses. As duas vacinas disponíveis no Brasil, a Coronavac e a da Astrazeneca precisam de reforço. A única vacina que não precisa da segunda dose é a da Janssen, não disponível no Plano Nacional de Imunização (PNI).
“Não basta tomar a primeira dose. É fundamental que todos os que tomaram a primeira dose, dado o prazo marcado na carteirinha de vacina, procurem o local indicado pela Prefeitura para receber a segunda dose e depois de ministrada a segunda dose, a imunidade vai estar completa em média depois de 14 dias”, explica.
Vacinação em doses múltiplas é mais comum do que se imagina. Frequentes na infância, as vacinas são aplicadas em duas, três doses e podem necessitar de reforço de quando em quando.
“Essa semana começou a vacinação contra a gripe, essa vacina é aplicada em uma dose apenas, porém, ela tem que ser renovada todos os anos, pois o vírus da gripe sofre mutações todo o tempo, todos os anos, pois o vírus da gripe sofre mutações o todo o tempo”, exemplifica.
Segundo o professor de medicina, vacinas em dose única são minoria no calendário nacional do país. Uma delas é a BCG, cuja sigla quer dizer Bacilo de Calmette e Guérin, bactéria que causa meningite tuberculosa e tuberculose miliar doença que se dissemina pelo corpo através da corrente sanguínea. O imunizante é dado logo no início da vida.
“São várias (as vacinas), mas sempre é fundamental estar ligado no que está escrito na carteirinha de vacina, tomada a primeira dose (precisa) estar atento as doses seguintes e não fugir muito do prazo”, orienta.
Mas, e se perder o prazo? O médico sanitarista pede calma e uma ida ao posto de saúde. “Se tiver um problema que dificulte a receber a segunda dose, como por exemplo da vacina da Covid, atrasar uma semana ou duas, não tem problema. Procure assim que possível o serviço de saúde para receber a segunda e estar imunizado dali 14 dias”, finaliza.