Quando as informações de que Counter-Strike 2 estava em desenvolvimento surgiram, eu fiquei bem animado. É verdade que não jogo mais CS tanto quanto já joguei no passado. Para se ter uma ideia disso, eu ia para Lan Houses (que mal existem hoje) para verdadeiras batalhas épicas!
É bem verdade que eu mais morria do que matava, mas era muito legal aquele clima de zoeira e diversão. Infelizmente, acho que essa atmosfera não existe mais (principalmente nas partidas online, com pessoas que você não conhece), mas, enfim, isso não faz parte dessa análise.
Eu joguei o novo CS 2 e confesso que ele não me animou. Estava esperando muito mais. É verdade que havia muitos boatos sobre o novo jogo de tiro em primeira pessoa da Valve, por isso era difícil saber no que acreditar. Contudo, o que tínhamos de informações concretas era de que o game iria vir com diversas melhorias.
De fato, CS 2 veio com um grande aprimoramento visual, resultado do uso do novo motor gráfico no projeto, o Source 2, lançado em 2015. Para fins de comparação, o seu antecessor, Source, foi lançado em 2004. O último jogo da franquia, o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) foi lançado em 2012. Ou seja, estamos falando de uma janela de quase dez anos.
Inclusive, esse upgrade visual ficou bem nítido no vídeo que a Valve, desenvolvedora da franquia, divulgou, quando CS 2 foi lançado.
Ao jogarmos, sentimos claramente essa melhoria gráfica. As texturas estão mais nítidas, os efeitos como luz e sombras mais marcantes e há uma riqueza maior nos detalhes. Para se ter uma ideia, quando há uma cortina de fumaça e atiramos contra ela fica uma “marca”, como se furássemos a fumaça. Mesmo assim, o jogo não ficou pesado, rodando bem e sem travamentos.
Outro ponto que merece destaque é que CS 2 é totalmente gratuito, sendo uma boa sacada para a franquia, que agora deve se basear em micro transações. Apesar do jogo não ter nenhum diálogo, o fato dele ter textos em português do Brasil sempre é super bem-vindo. Contudo, os pontos positivos param por aí.
A primeira parte negativa é que com o lançamento de CS 2, o seu antecessor, o Counter-Strike: Global Offensive foi automaticamente atualizado. Ou seja, não dá mais para jogá-lo. Isso é bem complicado, pois limitou as opções dos jogadores.
Além disso, Counter-Strike 2 não trouxe mais nenhuma novidade ou inovação. Na verdade, em alguns pontos, parece que regrediu. Alguns mapas foram retirados, como o Wingman e mapas de oficina. Outros modos de jogo também não parecem estar disponíveis, como Corrida Armada, Escoteiro Voador e Zona de Perigo.
No novo CS 2, no começo do jogo, estão disponíveis somente o modo Mata-Mata, onde ficamos nos matando até que o tempo acabar, e Casual, com um time atacando e o outro defendendo. Após cumprirmos algumas etapas, os outros três modos são liberados: Braço Direto (onde disputamos em duplas), o Competitivo (que era o mais tradicional do CS:GO) e o Premier (onde não escolhemos os mapas, apenas votamos para bani-los). Com isso, temos mudanças também no formato das partidas, que estão mais rápidas.
Achei a parte sonora bem interessante e imersiva, mas confesso que ficou mais difícil saber onde os confrontos estão acontecendo e identificar os passos dos inimigos.
Pode ser um pouco de preciosismo e reclamação exagerada da minha parte, mas senti que faltou alguma coisa. Uma novidade marcante, como um sistema diferente de armamentos ou uma nova mecânica de IA. Por ser o novo jogo de uma consagrada franquia, lançado depois de mais de dez anos, não poderia ser mais do mesmo.
Não sei se algo novo virá por aí, mas, por enquanto, CS 2 parece apenas um jogo que recebeu uma versão remasterizada de seu antecessor. Confira o gameplay.