Com a queda nos termômetros, muitos motoristas já começam a se preocupar com o funcionamento dos veículos, uma vez que motores flex abastecidos com etanol podem apresentar dificuldades para ligar na ausência dos devidos cuidados com os sistemas de partida a frio.
Com o objetivo de auxiliar os condutores, procuramos o consultor de Assistência Técnica da NGK, Hiromori Mori, que listou algumas orientações para o adequado funcionamento dos diferentes dispositivos que visam facilitar a partida em carros flex quando a temperatura ambiente fica abaixo de 15°C. Confira a seguir:
Tanque auxiliar de partida
Presente na frota brasileira desde os anos 1980, com a entrada dos veículos a etanol, o tanque auxiliar de partida dispõe de um reservatório destinado à gasolina, que é injetada no motor com a função de melhorar a partida do carro. De acordo com o consultor, a gasolina injetada no motor vaporiza mais facilmente, auxiliando o motor a partir quando está frio.
“Em dias frios, o motorista deve abastecer o tanquinho com gasolina, preferencialmente a aditivada, que previne a formação de resíduos. Também deve evitar que o dispositivo fique vazio, o que poderia danificar a bomba elétrica que alimenta o sistema, além de dificultar a partida”, orienta Mori.
Ainda é essencial checar a ausência de vazamentos no sistema e o estado do combustível, que deve ser trocado após longo período, uma vez que a gasolina envelhecida, além de favorecer a formação de resíduo, tem a sua queima dificultada.
Sistema de pré-aquecimento
Solução que visa aquecer o etanol no momento da partida, o sistema de pré-aquecimento é adotado em motores flex mais modernos, que dispensam o uso do tanque auxiliar. De acordo com o especialista da NGK, o condutor deve aguardar as luzes da injeção do painel apagarem para assegurar que o sistema está pronto para a partida.
“Cada sistema tem um tempo de aquecimento pré-estabelecido que pode variar de veículo para veículo. Partir o motor com o combustível ainda frio irá dificultar a partida”.
Motor com injeção direta
No caso dessa tecnologia, o combustível é injetado em alta pressão no motor, o que dispensa o uso do sistema de pré-aquecimento ou do tanque auxiliar para dar a partida no veículo a etanol com temperaturas baixas. A elevada pressão do sistema de injeção já favorece a vaporização e a atomização do etanol.
“Desse modo, a formação de combustível líquido é muito reduzida, o que também facilita a partida do motor”, aponta.
Cuidados essenciais com o veículo
Por conta das baixas temperaturas, os motoristas devem adotar alguns cuidados essenciais com o veículo, como, examinar o sistema de ignição, em especial as velas, responsáveis por gerar a centelha (faísca) que irá queimar o combustível.
“Velas com vida útil ultrapassada ou excesso de desgaste reduzem a performance do veículo e dificultam a partida”, destaca o consultor de Assistência Técnica da NGK.
Além disso, é fundamental verificar o estado de componentes como a bateria, o sistema de carga alternador, o motor de partida, o sistema de injeção, e o sistema de partida a frio.