28 de abril de 2024
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Filme sobre Frida Kahlo quer mostrar sua arte íntima e crua

Cineasta peruana Carla Gutierrez partiu dos escritos pessoais da artista para produção do longa “Frida”, já disponível em plataforma digital

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Documentário pode ser assistido na Amazon Prime Vídeo (Foto: Divulgação)

As obras de Frida Kahlo (1907-1954), além do aspecto artístico, refletem um relato de suas experiências de vida, havendo muitos exemplos que inundam os escritos pessoais. Desses exemplos, se apropriou a cineasta peruana Carla Gutierrez para produção de “Frida”, um filme que conta a história da artista.

Na estreia de Gutierrez como diretora de longas, ela optou por combinar narração em primeira pessoa com imagens de arquivo e animações interpretativas do trabalho da pintora. O documentário já está disponível no Amazon Prime Vídeo.

Ao rememorar o primeiro contato com as obras de Frida na faculdade, a peruana, que logo cedo se mudou para os Estados Unidos, diz “Eu era uma jovem imigrante e havia uma pintura específica que realmente me apresentou à sua voz, em que ela aparece como artista na fronteira entre os Estados Unidos e o México”. “Vi minha experiência vivida naquele momento refletida na pintura. Então, ela se tornou parte da minha vida “

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Novos planos

Gutiérrez trabalhou antes em projetos importantes, como os documentários RBG (2018) e Julia (2021), o que lhe permitiu envolver-se a fundo com a criação. Mas quando um amigo diretor lhe sussurrou o nome de Frida Kahlo, ela voltou aos livros da faculdade. Em poucas horas, estava fazendo planos para dirigir. “Essa história realmente me disse que eu precisava dar um passo a mais e dirigi-la”, conta ela. “Percebi que ela mesma poderia contar muito de sua própria história e senti que isso ainda não havia sido feito. Espero que seja uma nova maneira de entrar em seu mundo, em sua mente e em seu coração e de realmente entender a arte dela de uma forma mais íntima e crua “

Gutiérrez explica que Kahlo não deu muitas entrevistas durante sua vida, mas escreveu cartas muito íntimas e pessoais. E ficou impressionada com seu senso de humor, com seu sarcasmo e ironia, bem como com “o quanto ela era explícita em suas opiniões”. “De certa forma, é como uma confiança bagunçada e um feminismo desordenado”, resumiu.

A equipe de filmagem teve de pesquisar em museus de todo o mundo para encontrar as cartas que seriam compiladas para criar uma imagem completa da artista, como

  • Museu Frida Kahlo na Cidade do México
  • Museu Nacional de Mulheres nas Artes, em Washington, onde foram achadas as correspondências com sua mãe
  • Museu de Filatelia, em Oaxaca, onde estavam as cartas que ela escreveu sobre diversos assuntos para seu médico, desde seu casamento complexo até seu aborto espontâneo

Animação

Uma das decisões criativas mais importantes foi animar a arte de Kahlo, o que se mostrou um pouco controverso desde que o filme estreou no Sundance Film Festival. Alguns adoraram, outros não pareceram convencidos. Mas isso fazia parte da visão do filme desde seus estágios iniciais. A esperança de Gutiérrez era transportar o público do real para o mundo interior de Frida.

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“Sempre pensei em seu coração e em suas veias passando de suas mãos para a tela”, enfatiza a diretora. “Queríamos respeitar as pinturas, mas, ao mesmo tempo, introduzir uma animação lírica, para que parecesse que estávamos mergulhando em seus sentimentos “

Gutiérrez está especialmente orgulhosa pelo fato de seus colaboradores serem, na maioria, latinos e bilíngues. O compositor Victor Hernandez Stumpfhauser é mexicano. A equipe de animação é formada por artistas mexicanos e inclui a diretora de arte Renata Galindo. “Injetar essa compreensão cultural do país no filme é fantástico.”

*Com informações de Agência Estado

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura
Estagiária no Tudo EP e a A Cidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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