Ana Hickmann deu a primeira entrevista oficial sobre as denúncias que fez contra o ex-marido, Alexandre Correa. Neste domingo (26), ela também falou ao “Domingo Espetacular” (Record) sobre o boletim de ocorrência que registrou por lesão corporal e violência doméstica.
“É difícil reviver algumas coisas, mas agora dá para falar sem chorar. Já chorei muito, gastei todo o meu estoque de lágrimas. Nunca pensei que fosse ter uma montanha-russa de sentimentos e emoções. Minha vida tem sido feita de provações a bastante tempo, e parece que isso não vai acabar tão cedo”, começou.
“Estou feliz que, agora, consegui falar. Eu precisava me cercar de segurança, primeiro. Emocional, jurídica também, e física. Agora consigo falar.”
“Aquele dia 11, sábado, um pouco depois da hora do almoço, estava tendo uma conversa com meu filho, na cozinha, sobre algumas mudanças que provavelmente aconteceriam na nossa vida, com relação à nossa casa, com relação a algumas coisas com as quais ele estava acostumado. Por conta dessa conversa, e de outras coisas que aconteceram antes, a briga começou. Comecei a ser achincalhada pelo Alexandre, começamos com uma briga verbal, e aí tudo infelizmente acabou terminando do jeito que, depois, o Brasil descobriu”, contou.
“Ele começou primeiro a reclamar, de novo, como já tinha feito diversas outras vezes, de que eu não tinha o direito de falar assim com o nosso filho, que a gente não ia perder nada, não ia mudar de casa, que era tudo uma grande mentira, que eu era uma louca, e que eu tinha que parar com isso. Eu falei, ‘para de mentir’. A gente precisa preparar o Alezinho porque muita coisa vai mudar, e não posso ser irresponsável e continuar mentindo para ele, como você fez tanto tempo para mim. Mais cedo ou mais tarde, mudanças acontecerão, e eu não quero que ele sofra”, continuou.
“A briga começou a ficar mais acalorada. Nessa, meu filho começou a gritar, ‘para, parem de brigar’, porque essas brigas eram constantes lá em casa. Não foi a primeira briga verbal que nós tivemos.”
“A briga continuou. E aí, do jeito que ele veio para cima, com o corpo, falei assim, ‘você vai me bater? Você não vai ter coragem de me bater depois de tudo’. A feição dele mudou totalmente, e ele veio, sim, para me dar uma cabeçada. Ele jogou o corpo e veio para cima. Ele não me acertou porque me esquivei.”
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Ana continuou: “Peguei o celular e falei, ‘se você vier para cima de mim, vou chamar a polícia’. Falei isso uma, duas, três vezes. Ele começou a perder o controle mais ainda, comecei a gritar pedindo socorro, gritei muito, ‘socorro, chama a polícia, 190’, ele não me soltava. Nessa, consegui me desvencilhar, fui para a cozinha porque queria me trancar mesmo, fiquei com medo dele. Quando fui tentar fechar a porta [da cozinha], ele começou a segurar e começamos a lutar. Quando ele viu que eu não ia largar a porta, ele pega essa porta e bate com toda a força no meu cotovelo. Acho que eu estava com a adrenalina ali, o sangue quente, tão forte que, na hora, não senti dor”, detalhou.
“Meu braço ficou bem inchado. Botei o telefone em cima da mesa, ele só parou quando liguei 190. Foram três toques e a polícia atendeu do outro lado. Se eu não tivesse ligado, ele teria passado aquela janela e eu não sei o que teria acontecido.”
Além de contar tudo o que aconteceu no sábado (11), a apresentadora também deu detalhes sobre o pedido de divórcio.
“A relação já era tóxica há bastante tempo, e tentei me desvencilhar por algumas vezes, mas as pessoas que estão ao teu redor são convencidas a dizer que você está errada, desequilibrada, cansada. ‘Ele está só te protegendo’. Eu ouvia muito isso.”
“O Alexandre sempre teve um temperamento muito difícil. Explosivo, agressivo. Nunca tinha sido físico comigo, mas agressividade para falar comigo? Nossa. Acabei me acostumando a ouvir muitas coisas”, completou.
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